Sinto-me exausto.
Não que me tenha faltado felicidade, carinho, afabilidade e segurança; entretanto, ao me adulterar, o mundo me esmagou. Por falta de calos talvez.
Ansiedade aumentou, momentos de lentidão também. Senti solidão, jamais havia sentido solidão. Isso me apequenou.
De olhos abertos tinha pesadelos terríveis e de olhos fechados, uma luz ofuscava-me a retina.
Flutuei, pois perdi o chão. A mão que esmagava meu peito também apontava um destino incerto; um vale de sombras. Estava em queda livre. A densidade do ar, foi amortecendo minha queda e o que parecia mais uma morte, transformou-se em quase morte, quase vida.
Nesse estado de moribundo vivi morno por longos meses. Se posso tirar proveito dessa fase é que aprendi a identificar o que é ilusão e vaidade, o que é duradouro e perecível, o que é confiável e o que não é.
Estou mais profundo que antes. Isso não se aprende fora do sofrimento e do tempo.
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Tenho Sede dos Nadas
RandomColetânea de Crônicas sobre os nadas da vida. LEIA E COMPARTILHE!!! #05 em CRÔNICA de 2,24K Histórias em 12/10/2022 #01 em DEVANEIOS de 672 Histórias em 28/07/2022 #03 em POETA de 1,88K Histórias em 29/05/2022