Escrevo, pois foi o que me restou. Escrevo, pois preciso chorar com letras.
Estou tão frustrado que não consigo fazer outra coisa a não ser esvair-me em letras, palavras, expressões, frases e parágrafos. A muito tempo não escrevia tão cheio de humanidade e tristeza.
Dizem os poetas que os melhores textos são os que escorrem lágrimas ou sangue de uma alma martirizada e açoitada pela vida. Jamais pensei na juventude que hoje eu estivesse produzindo tais textos. Minha imaturidade não me deixava ver que as dores mais profundas vem com o distanciamento das ignorâncias das coisas da vida.
Até quando aguentarei minha humanidade sem cair em desespero? Até quando as cicatrizes ficarão abertas? Até quanto conseguirei resistir à loucura, preservando minha sanidade cada dia mais frágil?
Não penso em tirar minha própria vida e nem a vida de ninguém; mas penso na justiça. Para defender os meus sou capaz de morrer. Se tiver que acontecer, que seja o mais indolor possível. Não sou chegado ao estado vegetativo e ao universo das dores crônicas. As dores agudas me bastam.
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Tenho Sede dos Nadas
RandomColetânea de Crônicas sobre os nadas da vida. LEIA E COMPARTILHE!!! #05 em CRÔNICA de 2,24K Histórias em 12/10/2022 #01 em DEVANEIOS de 672 Histórias em 28/07/2022 #03 em POETA de 1,88K Histórias em 29/05/2022