Des-Va-Meios

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Tem coisas na vida que não fazem sentido algum. Uma delas é o Des-Va-Meio. Eu tenho a impressão que consegui entender o intendível, por meios nem sempre normais de uma tipicidade latente.

Tenho uma predileção por pequenezas e infinitudes. Enxergo o mundo às avessas. Passei anos de ponta cabeça, bamboleando e equilibrando pratos de schrödinger em portas semi-abertas e semi-fechadas.

Foram centenas de máscaras usadas para passar desapercebido na multidão. De nada adiantou tanta energia gasta para esconder meus Des-Va-Meios. Não me entenda errado!!! Estou sendo claro em minha atípica inadequação, nesse mundo tão normal; que de tamanha pre-maturidade normaliza guerras, vulnerabilidades e outras discrepâncias.

Queria eu em outros tempos ser normal. Mas a normalidade que almejava mata, corrompe, marginaliza, conta mentira e assedia. Não, não quero esse tipo de tipicidade escorrendo entre meus dedos e manchando minh'alma que teima em gostar mais dos animais com todas suas sui-genericidades, das flores primaveris e das noites lactáceas.

Tenho pesadelos terríveis com portas quadradas e janelas retangulares; e sonhos multicoloridos onde encaro minha solidão de frente, em meio a um sem número de gente que me olha ora com espanto, ora com medo, ora com raiva, ora com inveja e ora com desdém. Eu me vejo com Id e Ego dançando em meu subconsciente Des-Va-Meado,  dentro d'uma mente que está reaprendendo a ser ela mesma depois de anos dormindo acordado.

Tenho Sede dos NadasOnde histórias criam vida. Descubra agora