Despropósitos

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Escrevo desprovido de regras . Escrevo cheio de despropósitos. Não me atento às normas cultas da linguagem. Escrevo do jeito que penso e falo. Escrevo o que vivo, do jeito que vivo, do jeito que vivem, percebo ou me contam.

No fim o que importa é o que fazemos com todos os problemas que caem em nosso colo quase diariamente. Mas receio que o desespero e a ansiedade não sejam a melhor opção para alimentar sentimentos. Depois de um tempo percebi que o que importa mesmo é ser feliz; e por falar em felicidade, estou tendo duas péssimos, desesperadores.

Alimento arquétipos sociais que ludibriam quem passa ao meu lado. Sou um enganador de emoções. Estou tornando-se um mestre ilusionista. Retiro as máscaras mais nocivas, mas sustento as máscaras sociais que me convém para não perder dinheiro e dar dignidade aos meus filhos e esposa.

Sinto que a qualquer momento vou parar, talvez eu tenha um surto psicótico, talvez um infarto, talvez meus rins parem, talvez eu perca a luta contra a diabetes, talvez eu desista de continuar tentando usar as máscaras que machucam minha face e minha alma, talvez eu seja eu mesmo, sem máscara alguma, mas receio que se assim o fizer eu tenha que morrer novamente e passar por outras mortes e renascimentos. Esta última opção é um caminho sempre doloroso.

Tenho Sede dos NadasOnde histórias criam vida. Descubra agora