06. Convite Venenoso

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"Os mais fortes de todos os guerreiros são estes dois: tempo e paciência."

- Liev Tolstói

- Liev Tolstói

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PALÁCIO DE LEONTIUS
PORTO REAL, REINO DE LEONTIUS

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- ORA, E QUEM DISSE QUE ATAQUEI? - a voz imperativa de Cleades Drivas quase ecoou ao redor.

- Essa testemunha, - Chrysaor respondeu, sentado atrás de sua mesa - Toda Porto Real, todos os sacerdotes dos templos - deu um sorriso - E eu.

O barão olhou brevemente para trás de si, onde estava a testemunha, antes de voltar-se novamente para o senescal.

- A testemunha, se a chama assim, é de Vrachos, um inimigo. Ele mente - o tom de Cleades permanecia petulante.

Chrysaor respirou fundo; não estava com paciência para lidar com o homem desprezível. Ele queria poder ter o prazer de vê-lo pendurado em uma corda, pagando por suas maldades.

- Virá um dia em que não será protegido por seu título - se colocou de pé e saiu de trás da mesa.

- Oh, - Cleades assumiu uma expressão de falsa surpresa - E quando será isso? Alerte-me, senescal, quando os homens forem iguais perante a lei.

- Aqueles soldados foram enforcados pelo ataque que eu sei que você comandou! - gesticulou brevemente em direção ao lado de fora de uma das janelas. Um pouco mais cedo se podia ver os corpos pendurados após a sentença de morte ser cumprida.

- Prove - Cleades falou, visivelmente sem se importar - Eu esperarei em Limáni até que o faça.

- A rainha irá tirar seu castelo em Limáni, Cleades - Chrysaor se aproximou do outro, que estava perto do grande portal em arco que dava para o pátio; um vento fresco e agradável soprava.

- Tente fazê-lo, Chrysaor. Estarei lá - Cleades Drivas sorriu e se retirou, embora não sem antes encarar o pobre mercador de Vrachos, que permanecia sentado no canto, em uma poltrona confortável que o senescal lhe oferecera.

Aleixo era seu nome, e fora um dos poucos sobreviventes do ataque às caravanas vrachianas; depois de retornar correndo para Vrachos, havia sido enviado de volta à Leontius pelo próprio rei Evios - antes que este partisse para o continente -, escoltado por dois cavaleiros, para que pudesse relatar o incidente. Chrysaor tratou a ele e os responsáveis por sua escolta com a cortesia necessária, e deixou que vissem a forma com que confrontou o barão de Limáni. Suas ações não foram mera formalidades, ele sabia que Aleixo relataria a Evios Vrachos sobre como Leontius se portara diante das acusações de ataque, e era importante que nenhuma guerra entre os reinos da ilha voltasse a ocorrer - não quando estavam tratando um acordo de paz com o Império Gaheris.

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