21. Iniciando um Jogo Perigoso

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"Se for preciso jogar, decida três coisas primeiro: as regras do jogo, os riscos e a hora de encerrá-lo."

Provérbio Chinês

— Provérbio Chinês

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PALÁCIO DE VRACHOS, DORONESOS
REINO DE VRACHOS

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VRACHOS NÃO ERA MUITO diferente de Leontius, pelo que eu podia ver; tinha as mesmas estradas de pedra, as mesmas construções altivas, as mesmas fontes que jorravam águas cristalinas, porém, havia uma grande distinção entre os dois reinos: Leontius era claramente mais rico. Não que Vrachos fosse pobre, na verdade estava bem longe disso, mas a diferença se notava até mesmo ao comparar o palácio de ambos; o palácio de Leontius era pelo menos duas vezes maior que o palácio de Vrachos. Isso mostrava que o incentivo ao comércio feito por Andromeda estava ajudando seu reino a arrecadar cada vez mais ouro e prata, e o palácio ser maior, bem, talvez seus antepassados fossem mais vaidosos.

O banquete foi realizado em um grande salão, lá pelo meio do dia, quando todos haviam chegado, e eu permanecia em meu lugar de disfarce, atrás da cadeira de Andromeda, agindo como um de seus criados e servindo vinho a ela e a um homem chamado Daetor Calimeres que, pelo que tinha entendido, era tio materno da rainha, irmão mais novo de sua falecida mãe.

Dali, podia ver todos que estavam à mesa, mas foquei minha atenção nos mais importantes: Evios Vrachos e Despoine Pantazis, os monarcas de Vrachos.

Evios Vrachos tinha por volta de minha idade ou talvez fosse um pouco mais novo, com cabelos negros ondulados e o rosto completamente barbeado; seus olhos eram escuros como os cabelos, e carregavam uma mistura de alegria com ferocidade. Ele bebia e ria com a mesma intensidade.

Despoine Pantazis, sentada ao seu lado, era a que atraia todos os olhares. A mulher era uma deusa! Devia ser idêntica a Pathiasména, a deusa do amor e da beleza, Despoine era a pessoa mais linda que eu já havia visto, e sabia do que estava falando. Ela tinha os cabelos dourados, em um tom que parecia ouro batido e raios de sol misturados, olhos verdes intensos e brilhantes como esmeraldas, a pele mais dourada do que pálida, e sorrisos divertidos e sedutores. Todos os homens à mesa não conseguiam disfarçar o fato de que a desejavam. Não podia culpá-los, até mesmo Andromeda, que era muito bonita em minha opinião, poderia tornar-se apagada quando comparada à rainha de Vrachos.

Desviei os olhos da rainha dourada de Vrachos e analisei os monarcas de Prásinos. Seus nomes eram Simonides Prásinos, o rei, e Penelope Callas, sua esposa e rainha. Simonides era um homem alto e forte para a idade, com cabelos grisalhos, quase brancos, longos, que usava presos para trás, e olhos claros. Penelope era uma mulher elegante e de rosto solene, e, estranhamente, tive a sensação de que a conhecia mesmo tendo a certeza de que nunca a vira até agora; talvez ela apenas me lembrasse alguém.

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⏰ Última atualização: Oct 16 ⏰

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