20. Um Castelo de Cartas

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"Eu sou maior que meu corpo
Sou mais fria que essa casa
Sou mais perversa que meus demônios
Sou maior que esses ossos."

Halsey, Control

— Halsey, Control

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PALÁCIO DE LEONTIUS, PORTO REAL
REINO DE LEONTIUS

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OS BEIJOS DE BASILIDES eram lentos, e podia sentir minha pele arrepiar cada vez que sua língua tocava a minha. Ele estava sobre mim, entre minhas pernas, apoiando-se nos braços como se tomasse cuidado para não jogar seu peso sobre mim; seu quadril pressionava o meu, fazendo com que eu erguesse minha perna para que ele se acomodasse melhor. Seus lábios deixaram os meus, seguindo para meu queixo e meu pescoço.

Sentir sua pele nua contra a minha era maravilhoso, e cada vez que ele movia-se dentro de mim um tremor agradável tomava meu corpo. Nunca pensei que isso pudesse ser tão bom, não depois do que Halius Exekias fizera comigo, mas... Basil era tão gentil; suas mãos eram grandes, ásperas e calosas, e sempre alisavam-me com leveza e carinho, quase com reverência. Por algum motivo parecia que eu estava mais sensível aos seus toques e sua barba fazia cócegas em meu colo, onde deixava beijos úmidos.

— B-Basilides... — seu nome escapou de mim ao mesmo tempo em que fechei meus olhos.

— Você é tão quente e macia — murmurou em meu ouvido — Minha rainha...

Passei os braços por seu pescoço e enlacei as pernas em sua cintura, queria senti-lo completamente sobre mim, mesmo que fosse maior e mais pesado.

— Isso é bom... Céus, isso é tão bom... — ofeguei quando ele me abraçou, afundando o rosto em meu pescoço sem parar os movimentos.

Sentir sua respiração quente e irregular em meu pescoço deixava-me ainda mais trêmula e arrepiada, e inconscientemente passei a mover meu quadril junto ao dele, acompanhando-o.

— Andromeda — meu nome saiu de seus lábios quase como um soluço, e sua boca percorreu novamente toda a linha de meu pescoço, parecendo não querer se desgrudar de mim.

Subitamente, ele virou na cama, invertendo nossas posições e fazendo com que eu ficasse sobre ele, apoiando as mãos em seu peito para equilibrar-me. Os olhos azuis do homem debaixo de mim observavam-me ardentemente, ao mesmo tempo que corria os dedos por minhas coxas até chegar em meus quadris, onde apertou.

Estávamos ambos ofegantes, e nessa posição eu o sentia profundamente, sentia como se minha pele estivesse em chamas; tensa, porém não de um jeito ruim. Suas mãos incentivavam-me a mover meu quadril contra o seu, e fechei meus olhos com força, me concentrando em seus apertos trêmulos, como se tentasse se controlar, e em meu coração acelerado.

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