09. Conspiradores

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"Devemos seguir sempre o caminho que conduz ao mais alto."

- Platão

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PALÁCIO DE LEONTIUS
PORTO REAL, REINO DE LEONTIUS

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SE HAVIA ALGO QUE EU MAIS gostava no palácio, eram as belas colunas de mármore com ouro, que aumentavam ainda mais o ar refinado que o lugar exalava. Há muito tempo este lugar havia sido um verdadeiro mégaro, com fogos ardendo e estátuas, um templo para os deuses antigos, cujos nomes já haviam sido esquecidos por grande parte das pessoas; porém, o espaço fora reformado, aumentado de tamanho, e transformado em um grande e luxuoso palácio, e um templo para os deuses novos fora construído mais ao longe.

Acendia as velas de meu salão sozinha e lentamente, era o máximo que minhas mãos conseguiriam naquele momento. Fogos já estavam acesos na sacada, e sentia o olhar de Chrysaor sobre mim; ele havia se oferecido duas vezes para me ajudar e por duas vezes recusei. Torcia para que não o fizesse uma terceira.

- Você não fez as paradas necessárias em sua viagem de ida e volta! - seu tom saiu alto e acusativo.

- Fale baixo - ordenei, acendendo a última vela e apagando a pequena chama que utilizava para isso - Claro que não parei ao longo do caminho. Agradeço sua preocupação com minha saúde, mas sabe muito bem que não posso demonstrar fraqueza fora dessa palácio. As pessoas já comentam pelas ruas sobre como vou morrer... não posso aparentar estar às portas da morte mesmo que eu esteja.

Chrysaor pressionava os lábios e franzia o cenho, não parecendo muito satisfeito.

- Não irei discutir isso com você, não agora - suspirei, sentando na poltrona atrás da mesa - Podemos voltar ao assunto?

- Muito bem - aceitou a contragosto - Estava pensando. Por tudo o que me contou, claramente Despoine planeja algo. A questão é: Evios está ciente ou não disso? - pausou - Será que ela está agindo com o apoio dele?

- Duvido muito - falei - Três anos atrás ajudei Evios a esmagar a rebelião de seus barões, ele está em dívida comigo. Além disso, não é de seu feitio iniciar confrontos assim, e sempre fomos cordiais um com o outro. Mesmo assim, é bom mantermos os olhos nele.

- Tenho uma teoria - Chrysaor pareceu hesitante.

- Diga então - pedi, enchendo as duas taças de prata, que estavam sobre a mesa, com o vinho do jarro.

Ofereci uma a ele, que aceitou e bebericou o vinho antes de voltar a falar.

- É apenas uma hipótese, não temos como saber se é verdade ainda - frisou - Mas... não acha que talvez Despoine tenha se unido com os barões rebeldes de Vrachos? Os mesmos de três anos atrás.

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