DOIS

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Mirian Vitale

Resmungo ao sentir a claridade batendo contra meu rosto, me viro e escondo meu rosto de baixo do travesseiro. Alguém tira o travesseiro da minha cabeça e faz leves carícias.

- Levante senhorita Mirian. _ a voz grossa do Charles faz meu corpo arrepiar. - Não deveria se arrepiar tão facilmente, Senhorita Mirian. _ mordo os lábios

- O senhor não deveria estar no seu apartamento? _ pergunto ainda sem encara-lo.

- Precisava saber que ainda estava viva, afinal lhe trouxe carregada para casa. _ me levanto rápido. _ o mesmo desvia o olhar sobre mim, quando eu percebo meu vestido estava quase na altura da minha cintura.

- Desculpa. _ me levanto e ajeito a minha roupa e volto a me sentar. - Obrigada por me trazer para casa, nem consigo me lembrar da forma que cheguei. _ afirmo.

- Tudo bem. E melhor a senhorita ir para o quarto, Dona Belmira, já teve estar chegando para arrumar as coisas por aqui. _ ele olha em volta e acompanho o movimento.

- Ok. Mais uma vez obrigada. _ me levanto e vou em direção ao meu quarto.

O apartamento que a Miranda comprou aqui no centro de Milão, ela fechou dois andares. E o Charles fica no andar de baixo, que é dividido com mais três seguranças. Cada um com a sua casa, individualmente.

Tiro minhas roupas e vou para o banheiro, tomo um banho rápido e visto meu roupão, tomo analgésico e me jogo na cama.

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Acordo duas horas da tarde, visto uma calça jeans, cropped preto, uma jaqueta jeans e finalizo com coturno preto. Faço um rabo de cavalo e saio do quarto. Como vou passar o resto da tarde no spa, deixei a maquiagem de lado.

- Oi Dona Belmira. _ Ela sorriu para mim e voltou ajeitar as coisas na mesinha de centro.

- Tudo bem Mirian?

- Tudo bem, a minha irmã está no escritório?_ pergunto.

- Não. Charles falou que ela está saindo de uma reunião e embarcando em outra. _ suspiro.

- Ela não quer ficar pensando no termino. _ comento.

- Ela tem que superar isso, já faz três anos. _ diz Belmira.

- Eu concordo com você, mas precisamos respeitar a dor dela. _ dona Belmira me olha com aqueles olhos azuis intensos e sei o que ela quer diz com isso. - Vou ficar quieta.

- Seu pai está perguntando se você não vai para casa.

- Droga. _ olho em volta procurando minha bolsa. - Viu a minha bolsa, por ai?

- Sim, está na mesinha perto da porta, o Charles trouxe hoje. Você havia esquecido no carro.

- Obrigada. _ abro a minha bolsa, e ligo meu celular. Havia dez mensagens do meu pai, três do Vagner e cinco da Beatrice. - Meu Deus, parece que eu fiz algo de errado, noite passada. Começo ligando para o meu pai.

- Graças a Deus, Alessa ela está viva. _ meu pai grita me fazendo afastar o celular da orelha.

- hahha.. muito engraçado. Estou muito viva.

- Posso saber o motivo de não atender as minhas ligações?

- Por que bem provável, eu já estava alcoolizada. _ digo.

Tentando de novo Spin-off Onde histórias criam vida. Descubra agora