Capítulo 18

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Pode conter gatilho.

Confesso que essa convivência com a Ayana, tá fazendo bem pra mim, ela tem me curado. Maiara descansou um pouco, e eu fiquei mechendo no celular, já tô mais acostumada a não dormir, então fiquei medindo temperatura. Elas dormiam juntinhas de mim, eu me sinto segura aqui, com elas! Me sinto viva, e amada. Ayana começou a despertar, e assim que abriu os olhinhos, sorriu.

Ayana: Bom dia, titia.

Maraisa: Bom dia meu amor. Ainda tá com frio?(Perguntei enquanto, acariciava seu rosto)

Ayana: Não.

Maraisa: Vamos levantar, e tomar café, depois sua mamãe vem, tá bom?

Ayana: Tá.

Escovei os dentinhos dela, e descemos pra cozinha. João já estava lá e tinha feito uma linda mesa, a pequena que estava no meu colo, se aninha nos braços do meu namorado, e ele retribui o abraço. Ayana demorou de comer, mas cedeu, Maiara acordou, e se assentou na mesa junto a nós, e quando eu estava acabando, recebi uma ligação.

Maraisa: Licença gente.(me levanto, e atendo a chama)

Ligação•
Bia: Você precisa vir pra cá, agora!
–Eu tô de repouso, se eu pisar os pés aí, minha irmã e o meu namorado, me matam!
Bia: Maraisa, o seu pai está aqui. Ele está fazendo um escândalo, a loira oxigenada dele sofreu um acidente, e ele tá chamando por você.
–Não tem neurologistas nesse hospital não?
Bia: Você é a chefe! Acho bom você vir, ou esse homem, vai por esse hospital no chão.
–Ta bom, eu já tô indo.
Ligação•

Maiara: Indo pra onde?(Perguntou curiosa)

Maraisa: Pro hospital!

João: Não amor, nem pensar, você só trabalha, e passou mal por isso. Qual o caso? Vou no seu lugar!

Maraisa: É a mulher do Marco.

Maiara: Oi?(sua reação foi tão surpresa, que eu não consegui identificar o que seu rosto estava expressando)

Maraisa: Eu preciso ir.

O jaleco estava no meu carro, então só peguei as chaves, e me retirei dali. Fui o caminho inteiro pensando, se essa é realmente uma boa ideia. Ele me odeia, e ela também, por que me chamaria? Minha cabeça trazia todas as lembranças ruins, e falas de gatilho, aumentei o som do carro na intenção de, silenciar a minha cabeça.

Cheguei no hospital, e fui até meu consultório, troquei de roupa, e fui pro pronto socorro. Vi vários médicos na sala, entre eles Bia, e um dos meus residentes, e do outro lado, o monstro e sua filha.

Respirei, 1, 2, 3 vezes.

Contei até 10, 5 vezes.

E fui.

Maraisa: Flávia?

Entro na sala, um cirurgião geral estava ali, máquinas apitavam por todo lado, tinha sangue, muito sangue, e um interno fazendo compressões.

Flávia: Luana Lima, 45 anos, acidente de carro. Estava sem cinto, tem fluido no abdômen, e está inconsciente desde o local. Possível traumatismo craniano, e 4 costelas quebradas.(examinei suas pupilas, enquanto ela explicava o caso)

Bia: Tudo bem?

Maraisa: Preciso que mande o João vir.(Ordenei)

Bia: Mas por quê?(Perguntou)

Maraisa: Porque essa mulher acabou com a minha vida, e a minha vontade é enfiar um bisturi na tempora dela, e esperar ela perder todo o seu sangue. Então, se não quer que eu me descontrole, com a pessoa que fez da minha vida um inferno, peça pra ele vir.(Digo firme, e fazendo contato visual. Bia saiu meio desajeitada, e ligou pro João, que chegou em 15 minutos)

Fica, eu preciso de vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora