Fica, eu preciso de você

Capítulo 36

Acordei mais cedo e assim que terminei de me arrumar eu fui levar Ayana na casa de Cesar, eu disse que iria sair, mas ela não queria ir junto, então levei ela. Maiara tinha ido conversar com o segurança, junto com o Gustavo e eu iria ao shopping comprar algumas coisas básicas pra Ana. Ela saiu tão rápido, que não pegou roupas, então preciso comprar algumas peças pra ela, e depois do almoço vou pegar ela.

João: Você vai comprar o quê, vida? (Perguntou assim que paramos no estacionamento)

Maraisa: Ela precisa de roupa, amor. Mas vou comprar pouco coisa, porque prefiro que ela venha comigo e compre o que gosta.

João: Ele bateu nela?(Assenti) Ela não tem ninguém de família?

Maraisa: Não. O pai dela não mora aqui, ela é filha única, e a mãe dela morreu. Ela só tem a gente.(Respondi sentindo meu rosto molhar com as minhas lágrimas)

João: Vamos cuidar dela, eu vou ajudar você, ok?(Me abraçou, e limpou meu rosto)

Maraisa: Não me acha louca?

João: Não! Acho você a melhor pessoa do mundo, com um coração gigante, e essa é uma das coisas que mais amo em você.(Beijou minha testa)

Comprei algumas coisas, incluindo peças íntimas e roupinha de bebê, não resisti! Não vejo a hora de comprar tudo pra minha princesinha, montar o quartinho dela, vou começar ver o projeto o quanto antes.

Maraisa: Maiara conseguiu o segurança, mas esqueci de ver a enfermeira. Droga, estou esquecendo de tudo.

João: Tudo bem, olha, deixa ela lá em casa até amanhã, e a gente procura uma enfermeira amanhã. Tudo bem?(Assenti) Você avisou a Maiara, amor?

Maraisa: Aí meu Deus, vida! Eu esqueci.(Levei as mãos a cabeça)

João: Eu sei que sim.(Inicia uma risada)

Maraisa: Amor, não tem graça você rir da sua esposa grávida, esquecendo das coisas.(Falei sendo dramática)

João: Tudo bem, desculpa. Senhora sensível.

Maraisa: João Mendes!

João: Também te amo, amor da minha vida!(Me rouba um selinho)

Ele liga o carro e vamos pra casa. Eu mal tenho barriga e já tô ficando cansada por tudo. Chegamos em casa e o casal já estava lá, assim que nos sentamos pra almoçar, me preparei pra falar, fiquei encarando a Maiara, e como ela me conhece perfeitamente, já entendeu.

Maiara: Vai Maraisa, fala.(Me fita)

Maraisa: Falar o quê?

Maiara: Uai, não sei. Mas você tem algo pra falar.

Maraisa: Tá, você lembra da paciente que eu disse que chegou machucada no hospital, e que me disse que tinha caído da escada?(Assentiu) Ela apareceu de novo, ela me mandou mensagem ontem a noite, por isso precisei ir pro hospital. Tá com descolamento na placenta e precisa de repouso, e isso nunca vai acontecer na casa dela, então...(me corta)

Maiara: Pode trazer ela.(Deu um gole no suco)

Maraisa: O quê? Mas eu nem...(me cortou novamente)

Maiara: Eu sei que você ia falar que pensou em trazer ela pra cá, e que o segurança é pra ela. Só tem um porém. (Olhei confusa) Aqui é um lugar muito fácil dela ser achada. E imagina se esse homem acha ela aqui, ele vai infernizar a sua vida, e eu não quero você em perigo.

Maraisa: Ela vai pra um hotel amanhã, irmã.

Maiara: Por mim tudo bem.(Sorriu) Quando for buscar ela me avisa.