Capítulo 51

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Dia do acidente

Eu ouvi o Gustavo gritar "Amor, a Ayana" antes do carro começar a girar, depois disso ele apagou. O carro girou tantas vezes, que eu perdi as contas. Minha cabeça bateu no vidro com muita força, apertei meus olhos sentindo a dor ficar mais intensa, e assim que meu corpo "voltou" pro banco, eu senti o sangue escorrer em minha testa, e sentia uma dor quase insuportável na cabeça e na coluna.

Não conseguia me mexer, mas pude ver Gustavo machucado, e tentava olhar pra trás a procura de Ayana, mas o cinto me prendia. Estávamos de cabeça pra baixo, eu conseguia ouvir pessoas gritando e alguém agonizando, som que vinha do outro carro. Tudo aconteceu em milésimos de segundos. De uma forma totalmente automática comecei a gritar com a dor que a minha cabeça me fazia sentir. Tentei controlar, não queria assustar Ayana, se é que ela estava acordada. Mas não consegui, doía muito, muito mesmo. Eu não sei por quanto tempo a dor durou. Mas sei que a intensidade dela me fez apagar.

Agora

Assim que acordei me senti meio estranha, corpo dolorido, cabeça pesada, até a luz me incomodava. Mas passou depois de um tempo. Minha irmã veio e me disse que a princesinha já tinha nascido, o que me fez sentir mil coisas ao mesmo tempo. Ela me contou sobre Gustavo e Ayana, mas soube me acalmar. Diferente de ontem, que o médico não soube.

– Bom dia! Tudo bem? Como dormiu?(Perguntou o médico)

Maiara: Bom dia! Minhas costas estão doendo, mas só isso.

– Tudo bem, vou te examinar, e você vai tomar café, tudo bem?(Assenti)

Maiara: Sim. Pode me falar sobre o Gustavo?

– Ainda não vi o prontuário dele hoje, mas depois do almoço eu te trago informações, ok?

Maiara: Tudo bem, obrigada!

Como tinha dito, ele me examinou, literalmente dos pés a cabeça, e assim que ele saiu eu tomei café. Minutos depois ele voltou, pra me examinar de novo. Faziam isso 3 vezes ao dia.

– A dor melhorou?(Neguei)

Maiara: Não! Na verdade, acho que piorou.

– De 0 a 10, quanto diria que tá?

Maiara: Oito!

– Vou pedir pra te aplicarem um remédio! (Assenti)

Maiara: Conseguiu informações do Gustavo?(Ele olhou pro Cesar, e ele confirmou com a cabeça)

– O Gustavo tá instável. Sem melhoras ou sinais de consciência. Ele teve algumas paradas, mas estão controladas agora.

Eu não consegui mais responder, só assenti e ele me examinou, depois saiu do quarto.

Cesar: Você tá bem?(Neguei)

Maiara: Pode me dar água?(Assentiu)

Ele se levantou rápido, e me deu água. Senti minha respiração falhar, e ficar mais rápida. Emma entrou no quarto e estranhou os números que tinham na máquina, que controla meus batimentos, saturação, e outras coisas.

Emma: Dói pra respirar? Ou você tá com falta de ar?(Perguntou deixando Cesar confuso)

Maiara: Eu... não consigo...(Ela se aproximou e pegou uma máscara de oxigênio)

Emma: Tudo bem, calma. O que aquele médico falou?(Perguntou olhando pro Cesar)

Cesar: Ele examinou ela, e falou do Gustavo.

Fica, eu preciso de vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora