QUERIDA | Margot Russel é uma moça britânica cheia de sonhos e estudante de literatura em Londres. Ao perder o emprego ela começa a cogitar a ideia de largar o curso e voltar para sua cidade, porém, um novo trabalho surge e a faz mudar de ideia. Mar...
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☆ TOM HIDDLESTON ☆
Margot pode ser boa em muitas coisas, mas mentir não é uma delas.
Quando algo a incomoda fica perceptível em seu olhar e gestos. Ela fica inquieta, mexendo os dedos constantemente e respirando fundo diversas vezes. No entanto, se recusa terminantemente a contar o que está acontecendo e infelizmente faz parte de sua personalidade esconder e mentir quanto as suas frustrações para não ter que preocupar ninguém.
Enquanto caminhamos lado a lado na rua tento descobrir o que tanto a incomoda no momento. Já disse que podemos encontrar a solução para o problema, seja ele qual for, quero que ela entenda que estarei ao seu lado independentemente da situação. Ela pode me contar o que a incomoda que eu irei escutá-la e tentar ajudar da melhor forma possível, mas não posso fazer isso se ela não falar.
Margot alega que não se trata de nada "alarmante" e diz que "tenho coisas mais importantes com as quais me preocupar agora".
— Nada disso — corrijo. — Parou. Vem cá. — Obrigo Margot a parar puxando-a pela mão. — Se tratando de você, principalmente sabendo que há algo errado, nada é mais importante para mim.
O vislumbre de um sorriso passa pelo seu rosto e suas bochechas se tornam rosadas, o que ela tenta esconder desviando o olhar para as pessoas que passam por nós na rua.
— Eu estou aqui para você e por você — falo, dando-lhe um beijo na testa e envolvendo meus braços em seu corpo. — Só peço que, por favor, não fique calada, tudo bem?
Os olhos de Margot ficam marejados. Para escondê-los ela me abraça e apoia a cabeça em meu peito.
— Então...? — insisto, pelo menos uma última vez.
Margot respira fundo e se afasta e sinto que agora ela vai falar. Porém, algo a distrai. Seus olhos se perdem com algo do outro lado da rua e ela fica incomodada novamente.
— Margot? — a chamo.
Ela me pega pela mão e sai andando. Sou guiado até um beco entre dois prédios.
— O que foi, meu bem? — pergunto.
— Olha você mesmo.
Faço o que pediu e me esgueiro pela rua, procurando o que afligiu Margot tão de repente. Pouso os olhos em uma figura na outra calçada. Ali, parada em frente a uma loja, está uma moça. Ela baixa lentamente a câmera em suas mãos assim que percebe que eu a vi. Disfarçadamente, a mulher olha para os lados e sai andando. Nego com a cabeça e volto para Margot, que está encostada na parede me encarando.
