QUERIDA | Margot Russel é uma moça britânica cheia de sonhos e estudante de literatura em Londres. Ao perder o emprego ela começa a cogitar a ideia de largar o curso e voltar para sua cidade, porém, um novo trabalho surge e a faz mudar de ideia. Mar...
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☆ TOM HIDDLESTON ☆
Nunca pareceu tão difícil abrir essa porta. Hesito diante dela pelo que parecem muitos minutos enquanto decido se realmente vale a pena encarar o que está atrás. Consigo visualizar Margot, na cozinha se arriscando com o jantar ou simplesmente me esperando enquanto assiste a televisão. Pensar nisso me traz sentimentos ruins que não ajudam em nada na decisão.
Quando fecho os olhos sou perturbado com aquela imagem que Charlie me mostrou mais cedo. A foto está rodando inúmeros sites de fofoca e nela Margot está com agarrada a um homem, que envolve sua cintura com os braços. Vi meu mundo ruir assim que analisei a foto e reconheci quem era ele. Sam.
Senti meu coração despencar e instintivamente afastei a imagem do meu campo de visão. Naquele momento já não escutava mais as palavras que Charlie dirigia a mim e muitos menos sentia seus toques de conforto em meu ombro. Ele tentava me impedir de sair do teatro, o que foi em vão, porque o deixei para trás em questão de minutos.
Com os pensamentos anuviados eu segui pela rua em direção do meu apartamento. Cheguei a errar o trajeto umas duas vezes e acredito que ignorei algumas pessoas no caminho, mas não o fiz por mal. Eu realmente precisava estar em casa
Tem de haver alguma explicação plausível para tudo isso. Será que Margot pensou em mim em algum momento? Desconfiou que foi fotografada e que eu poderia descobrir? Ou foi tão fria a ponto de nem ligar para a minha existência?
Outros questionamentos me rondam e acendem uma fagulha de esperança que faz meu estômago revirar de ansiedade. É verdade mesmo? Uma montagem? Ele poderia ter tentado agarrá-la e a câmera só pegou um ângulo ruim e...
Só irei saber disso se finalmente abrir a porta. Sem mais delongas giro a chave e adentro o apartamento.
O tumulto na minha mente é estabilizado por um instante quando sou recebido primeiramente por Bobby que vem até mim pulando de alegria e abananado o rabo. Afago seu pelo para confortá-lo.
No entanto, a avalanche de conflitos internos retorna quando ouço a voz dela.
— Tom!
Margot joga os braços ao redor do meu pescoço. Fecho os olhos com força ao sentir seus lábios em meu rosto. Ela percebe que não irei retribuir o gesto e se afasta devagar.
— Tudo bem? — sua voz é cautelosa.
Vejo preocupação em seus olhos. Ponho as mãos em seus ombros e a afasto devagar, seguindo caminho até o centro da sala.
— Thomas? Por favor fala comigo.
— Margot — viro rapidamente. Deposito minhas mãos em seu rosto, fixando seus olhos nos meus. — Quero que seja sincera comigo. Pode fazer isso?
