QUERIDA | Margot Russel é uma moça britânica cheia de sonhos e estudante de literatura em Londres. Ao perder o emprego ela começa a cogitar a ideia de largar o curso e voltar para sua cidade, porém, um novo trabalho surge e a faz mudar de ideia. Mar...
Estou tentando voltar aqui o mais rápido que posso (é sério), mas eu acabei de viajar para visitar uns parentes e a internet é um pouco precária kkkkk.
Vou me esforçar!
E fiquem até o final, eu fiz uma coisa pra vocês.
Boa leitura!
...
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☆ MARGOT RUSSEL ☆
A perplexidade fica evidente em meu rosto quando a câmera me encontra. O som das inúmeras palmas invade meus ouvidos quase me impossibilitando de ouvir Jimmy. Mostro um sorriso a eles e até aceno para a câmera, escondendo ao máximo o nervosismo que me tomou.
- Que tal se conversarmos um pouco com ela? - a plateia instiga com palmas. - Como é o nome dela? Margot? Por favor, Margot!
- Ela é um pouco tímida, não vai querer vir... - Tom tenta intervir.
Um breve pânico se apossa de mim. Meu sangue gela só de pensar na possibilidade de falar em rede nacional (alô? Alguém avisa que o famoso aqui é o Tom e não eu?!). Nego esse pedido de Jimmy, deixando claro que prefiro ficar desse lado do palco, porém as câmeras continuam a perseguir os meus movimentos e pessoas que eu nunca vi na vida quase me empurram fileira abaixo de tanta insistência. Já irritada ergo-me do lugar e procuro por Tom, mostrando um olhar de indignação por continuar sentado naquele maldito sofá. Ele parece entender por que levanta rapidamente e corre até onde estou.
- Tudo certo? - questiona. Estamos atravessando o palco.
- Não - respiro fundo, abrindo meu mais simpático sorriso. - Mas vamos nessa.
- Providenciem um microfone para ela! - Jimmy acena para alguém e logo um é colocado a minha frente.
- Obrigada - digo mesmo sem ter visto a pessoa.
Tom espera que eu me acomode no sofá para que possa fazer o mesmo. Agarro a mão dele com força assim que as primeiras perguntas são lançadas por Jimmy. É incrível como a plateia tem a capacidade de transformar um comentário sem graça na piada mais engraçada do universo e, sabendo disso, não preciso de muito para que engaje um assunto minimamente interessante. Quando não sei o que responder, lanço um olhar suplicante para que Tom tome as rédeas - o que ele faz com maestria já que essas perguntas indevidas feitas em rede nacional já são parte da sua vida.
Meu tempo na tela não chegou a quinze minutos, mas para mim durou o mesmo que uma hora inteira. Assim que Jimmy encerrou o programa eu pude relaxar finalmente. Minha coluna doía por tentar manter a postura reta durante todo o tempo e meus dedos estavam travados de tanta força que fiz para segurar o microfone sem denunciar minha tremedeira.
Jimmy conversou um pouco conosco quando o programa acabou, provando que aquela simpatia e espontaneidade que esbanja em seus programas são totalmente parte de sua personalidade e não um "personagem".
