calor sem título

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Por Medusa tomo teu nome
Pois por granito tomas meu respirar.
Em estátua, leve, peso nua
Na cadência, anjo, busco ar.

As rosas vívidas, cheias de suspiros,
Febris dores de amor satúrnio,
Se enroscam, prendem meus braços.
No abraço, toques de amor ebúrneo.

Em seio, não sabido se é vil,
Pousam penas, voam sons vibrantes.
Da raiz da voz de carne e alma,
Macios cristais se agarram, dois amantes.

Toca, musa, pois no doce eu toco.
Canta, com lira, pois eu ouço cantos
Que, em êxtase, saem do peito
Até despertam do vigor o pranto!

Enquanto, em agonia de satisfação,
Pesa e flutua doce coração.
Três beijos se gelam
Par de olhos que incendeiam
Na seda, faz-se o dilúvio.

Consonância (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora