razão

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Olhos escuros como barro
Terra nunca seca
Lábios de apocalipse
Fluxo leve, luz da sombra,
Como todo e qualquer matiz

Vermelho, rosada
Veneno de paixão escorre por minhas mãos
Doçura, acidez, um clarão
Bebe viva toda minha emoção

Pura, plural, rosa, musa
Deito-me em teu peito,
Reclusa
Difusa
Medusa
Reluz como estrela central
Giro ao redor, seu satélite imortal

Lábios vermelhos de pimenta
Amor forte, puro
Mãos que tocam tudo em mim
Maciez da tua pele
Violetas, lírios e carmim

Oh, canção de ninar
Veneno que faz viver
Razão de existir.

Consonância (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora