O sol mal nasceu hoje
E eu já acordei pensando
No quanto a luz podia me cegar
Em um dia qualquer
Onde o humor se esvai por entre meus dedos
Como areia fina do fim da praiaE nessas conjecturas
Em que mal conheço minha própria voz
E sinto cada centímetro da minha pele faiscar
E cada batida descompassada de um coração sem culpa
Meus olhos se acostumam com o brilho
Que desta vez não provém das estrelasÍnfimas, mas tantas vezes eternas
Distantes, mas fáceis ao toque de um dedo
Ou um pincel descuidadoElas me olham da umbra
No arco da minha simples jornada
Em uma eternidade entre início e fim
Dançando ao som de uma canção qualquer
E siderais desejos por mais uma manhãE eu me entrego e pergunto
Ao firmamento, aos céus
Que com aromas pintam a doce tela de uma ilusão
Um pensamento que me escapa
Um sonho, as sideraçõesPor que passas, sentimento oblíquo
De vazio preenchido com tantas dúvidas
E alegrias que escorrem em cascatas prateadas?O que leva este coração
Cavalgando em astros e destinos
A se perder tão fatalmente
E retornar como a Lua na noite sombria?Um dono de verdades e mentiras
Um hospedeiro para uma galáxia
Capaz de engolir mundos
E de derramar gelo, cinzas e faíscasComo estas que preenchem o céu da aurora
Da madrugada que mal se vai
Se aventuram entre as nuvens
E alçam vôo para o páramo...🦋
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Consonância (Concluído)
Poetry🏅#2 no concurso Raposa de Ouro 🏅 Menção Honrosa - Concurso Who Is the Best Para a dona de minhas letras e memórias, dedico tudo que escrevo. Escrevo para lembrar dos meus sentimentos. Escrevo para projetar minhas emoções. Escrevo pois, mesmo que...