Era pra ser um soneto,
um martírio, um lamento.
para quem deixou
o coração em desalento.
você trocou
tudo que havia, roubou.
lhe entrego com prazer
tudo que escrever.
pegou tudo que queria,
tudo que poderia
levar e não deixou
o que sobrou para trás.
arrancar as pétalas
não torna a rosa menos bela.
por tantas fugas e mazelas,
tão trágica e tão bela.
perdeu seus espinhos,
sem folhas e amargor.
sonolenta pela aurora,
alvorada de amor.
primavera invisível.
escura como a noite,
vermelha como sangue,
branca como a neve
e dourada por teu sol.
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Consonância (Concluído)
Poetry🏅#2 no concurso Raposa de Ouro 🏅 Menção Honrosa - Concurso Who Is the Best Para a dona de minhas letras e memórias, dedico tudo que escrevo. Escrevo para lembrar dos meus sentimentos. Escrevo para projetar minhas emoções. Escrevo pois, mesmo que...