26. Uma canção secreta

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TW: Este capítulo contém a descrição de uma crise de ansiedade/pânico. Caso você seja sensível à esse tipo de conteúdo, me avise e eu faço questão de enviar o capítulo sem essa cena específica para quem desejar.

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(Louis)

A manhã é levemente fria.

Há uma movimentação ao lado direito da cama. Uma palma quente experimentando um caminho abaixo dos pelos castos de meu umbigo. Lábios tocando levemente o maxilar com a barba maior que de costume, perfeitamente combinado com um hálito quente e suave descendo pelo pescoço em um caminho perigoso.

A manhã torna-se morna.

As cobertas brancas são macias e enroladas em corpos carnudos. O sol reflete timidamente nas paredes, soprando uma suave brisa que escapa pela fresta da janela. É claro, também há um volume perceptível pressionado contra a parte interna da coxa de uma maneira tentadora, junto com peles abraçando-se contra o colchão de uma forma extremamente íntima em uma cotidiana e aconchegante conchinha.

Então, subitamente, a manhã é quente.

- Hmpf... - O homem de cabelo desgrenhado murmura de maneira manhosa ao receber um aperto na cintura, erguendo o quadril em minha direção naturalmente, clareando a garganta rouca e virando o rosto para mim. - Bon Matin?

Ao receber uma risada abafada da minha parte, Styles mantém os olhos fechados, tateando em busca de minha mão, segurando e subindo-a por seu corpo, descansando minhas palmas em seu próprio peitoral abrasador, o corpo encaixado no meu de maneira calorosa. Ele tremula os cílios quando eu acaricio a região de ralos pelos e deslizo uma mão para seu estômago, sorrindo fraco, sonolento.

Era absolutamente e absurdamente lindo.

- Estou com sono. E frio. - Sussurra, se virando para mais perto de meu corpo e puxando as cobertas, enrolando-se em uma espécie de casulo. - Pode me esquentar, chérie?

- Desde quando você é assim tão grudento de manhã? - Ouço-me dizer, sem de fato me afastar, enlaçando sua cintura e o puxando para mim, tendo-o de frente dessa vez. Suas longas pernas enrolando-se em meus tornozelos enquanto suas grandes mãos acariciavam meus bíceps calmamente.

- Desde quando você é tão rude de manhã? - O professor retruca, respirando profundamente contra meu pescoço. Eu não conseguia enxergar seu rosto, mas sabia que ele estava sorrindo pela maneira que seus lábios tocavam em minha pele. - Peça desculpas agora. - Ele ordena em um tom autoritário, porém amistoso.

- Eu deveria? - Revirando os olhos, apesar disso, faço o que ele orienta ao receber uma leve mordidinha perto da clavícula. Uma ameaça, é claro. - Certo, certo. Não me morda, seu pequeno leão atrevido. Desculpe. Não quis soar rude.

Ele retira o rosto de seu pequeno casulo em meu pescoço. Em seguida, ergueu os olhos esverdeados e livres de seu par de óculos usual para mim pela primeira vez na manhã.

- Bem melhor. Sabe, ao invés de ser rude, você poderia falar coisas bonitas para mim ao acordar.

- Como o quê?

Learning to Fall in Love | l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora