O Filho de Regulus Black: Sirius Black

018. Visitando Hagrid

       O Black e a Snape passaram o dia fazendo suas provas e revisando conteúdos o mais rápido possível. Anne apareceu para o jantar com um grande sorriso no rosto.

— Acho que tirei a nota máxima com a Madame Pomfrey.

       Sirius sorriu orgulhoso pela amiga. Seu sorriso de desfez e ele assumiu uma expressão séria.

— Não consegui traduzir duas palavras em Runas Antigas — Contou.

— Duas no sentido de nenhuma, ou no sentido de só duas mesmo?

— Duas mesmo.

— Ah, Sirius, então 'cê foi perfeito! — Ela bateu em seu ombro.

— Não sei, não — Sirius resmungou.

        Anne olhou para ele tentando entrar seu sorrisinho.

— Preparado para hoje? — Ela sussurrou apenas para Siirux ouvir.

— Sim.

       No horário marcado com Hermione, Sirius e Anne esperavam no corredor. Sirius não parava de olhar para os lados com medo de que um professor aparecesse de repente é os dois recebessem um dura detenção — Talvez as que Filch costumam aplicar antigamente.

       Então, de repente, dois meninos e Hermions apareceram no corredor.

— Harry, Rony, esses são Anne e Sirius — A garota apresentou. O Black observou as caretas seguradas pelos meninos.

        Anne sorriu para os meninos, mas nenhum dos dois fez o mesmo.

— Essa é a Capa — Contou Hermione, esticando a tal Capa da Invisibilidade de Harry — Com muita dificuldade cabemos os cinco.

       Sirius agarrou a Capa, curioso, ele a observou por inteiro.

— Incrível, nunca tinha visto uma. — Ele colocou a capa sób a cabeça — Vamos? — Sirius passou a capa sob os outros.

       Caminhando muito juntos e com muita dificuldade para que ninguém os visse, eles atravessaram o saguão na ponta dos pés, cobertos pela capa, e desceram os degraus de pedra que levavam aos jardins. O sol já ia se pondo atrás da Floresta Proibida, dourando os ramos mais altos das árvores.

      Chegaram à cabana de Hagrid e bateram. O amigo levou um minuto para atender e, quando o fez, ficou procurando o visitante por todos os lados, pálido e trêmulo.

— Somos nós — sibilou Harry Potter. — Estamos usando a Capa da Invisibilidade. Deixe a gente entrar para poder tirar a capa.

— Vocês não deviam ter vindo! — sussurrou Hagrid, mas se afastou para os garotos poderem entrar. Depois fechou a porta depressa e Harry arrancou a capa.

      Hagrid não estava chorando, nem se atirou ao pescoço deles. Parecia um homem que não sabia onde estava nem o que fazer. Seu desamparo era pior do que as lágrimas.

— Querem um chá? — perguntou aos garotos. Suas mãos enormes tremiam quando apanhou a chaleira.

— Onde está Bicuço, Hagrid? — Anne questionou, trocando o peso de um pé para o outro.

— Eu... eu levei ele para fora — respondeu Hagrid, derramando leite pela mesa toda ao tentar encher a jarra. – Está amarrado no canteiro de abóboras. Achei que ele devia ver as árvores e... e respirar ar fresco... antes...

      A mão de Hagrid tremeu com tanta violência que a jarra de leite escapuliu e se espatifou no chão.

— Eu faço isso, Hagrid — ofereceu-se Hermione depressa, correndo para limpar a sujeira.