030. A Marca Negra

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      Eles estavam voltando para o Acampamento, comemorando a vitória da Irlanda.

— Anne, posso usar a Finta de Wronski,  quando você trocar Cedrico por mim?

       Anne revirou os olhos.

— Olha só: só por que eu dei a entender que vou trocar os apanhadores, não significa que vou colocar você. Segundo: eu já disse que não gosto da Finta de Wronski. É perigoso e sempre sai alguém machucado.

— Isso mesmo, Anne! — Disse Eliza, sorridente — Cuide do meu nenê.

— Tia Eliza! — Brigou Sirius, as bochechas queimando.

      Anne e Tia Eliza riram.

— Vamos voltar pra casa! — Eles começaram a se separar da multidão e voltaram para onde estava Basílio com as chave do portal.

— Belo jogo, hein! — Disse Eliza — Obrigado, Basílio!

       Sirius e Anne agarraram o pacote de salgadinhos. Sirius teve a sensação de que um gancho dentro do seu umbigo fora irresistivelmente puxado para a frente. Seus pés deixaram o chão; todos avançavam vertiginosamente em meio ao uivo do vento e ao rodopio de cores; seu dedo indicador estava grudado na bota como se esta o atraísse magneticamente para a frente, e então...

       Seus pés bateram no chão. Eles vo,tiramos para casa e foram direto para a cama, sem nem comer nada.

~☆~

     Sirius acordou no dia seguinte com um grito. Havia dois fugitivos de Azkaban, esse foi o único motivo para ele ter pulado da cama e corrido até a cozinha. Não havia ninguém, apenas Tia Eliza segurando um Profeta Diário e Anne que chegou ao mesmo tempo que Sirius.

— O que houve? — Perguntou Anne.

       Tia Eliza atirou o Profeta para eles. Sirius agarrou e leu a manchete: CENAS DE TERROR NA COPA MUNDIAL DE QUADRIBOL, completa com uma foto em preto e branco de uma cobra saindo de um crânio cintilando sobre as copas das árvores.

— O que é isso? — Questionou Sirius.

— A Marca Negra.

— A...o que? — Anne puxou uma cadeira e se sentou.

— Há muitos anos, durante a Guerra, Voldemort e seus Comensais da Morte marcavam as casas que atacavam com a Marca Negra em cima. Cada Comensal da Morte tem um Marca queimada no antebraço esquerdo. É o símbolo que uni todos os seguidores de Voldemort.

       Sirius engoliu em seco e olhou para a foto mais uma vez, antes de começar a ler a notícia.

      Se os bruxos e as bruxas aterrorizados que prendiam a respiração à espera de notícias na orla da floresta queriam ouvir do Ministério da Magia uma palavra que os tranquilizasse foram lamentavelmente desapontados. Um funcionário do Ministério saiu da floresta uns minutos depois do aparecimento da Marca Negra, dizendo que não havia ninguém ferido, mas recusando-se a dar maiores informações. Resta ver se tal declaração será suficiente para abafar os boatos de que vários corpos foram retirados da floresta uma hora mais tarde.

— Então houve pessoas mortas? — Sussurou Anne.

       Tia Eliza fez um gesto desajeitado com a mão.

— Foi Rita Skeeter que escreveu. Ela só escreve besteiras, mas a Marca Negra na floresta realmente aconteceu.

       Sirius engoliu em seco mais uma vez. Um Comensal da Morte que conjurou a marca negra...ou talvez...dois Comensais...como Alice e Regulus Black.

       Sirius puxou uma cadeira e se sentou. Ele não leria o resto do Profeta hoje.

— Quem você acha que conjurou? — Sirius olha a diretamente para Eliza.

— Sinceramente, eu não sei. Pode ter sido um Comensal que não foi preso no fim da guerra, ou...eu não sei...só sei que isso vai ser um escândalo.

— Vão todos me encarar — Disse Sirius; Anne e Eliza olharam para ele — Meus pais fugiram de Azkaban, meu tio também fugiu, e agora a Marca Negra apareceu. Todos vão achar que eu estou ligado a isso. Ou seja, não adianta nada o assunto Sirius Black ter acabado, eu ainda vou ser o alvo das atenções.

       Anne segurou a sua mão e sussurrou:

— Sinto muito.


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O Filho de Regulus Black: Sirius BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora