025. O Vira-Tempo

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      Sirius abriu os olhos devagar. A primeira visO que ele teve foi de uma garota de cabelos pretos com o rosto e as orelhas vermelhas. Sirius se perguntou o que irritava Anne. Então ele ouviu.

— Uma história chocante... chocante... milagre que ninguém tenha morrido... nuncaouvi nada igual... pelo trovão, foi uma sorte você estar lá, Snape...

— Muito obrigado, ministro.

— Ordem de Merlim, Segunda Classe, eu diria. Primeira Classe, se eu puder convencê-los.

— Muito obrigado mesmo, ministro.

— Que corte feio você tem aí... obra do Black, suponho?

— Na realidade, foram Potter, Weasley, Black e Granger, ministro...

— Não!

— Black havia enfeitiçado os garotos, vi imediatamente. Um feitiço Confundus, a julgar pelo comportamento deles. Pareciam acreditar que havia possibilidade de o
homem ser inocente. Não foram responsáveis por seus atos. Por outro lado, a interferência deles talvez tivesse permitido a Black fugir... Os garotos obviamente pensaram que iam capturá-lo sozinhos. Já escaparam com muita estripulia até agora... Receio que isso os tenha feito se acharem superiores... e, naturalmente, Potter sempre recebeu uma extraordinária indulgência do diretor...

— Ah, bom, Snape... Harry Potter, sabe... todos somos um pouco cegos quando se trata dele.

      Anne percebeu que Sirius havia acordado, ela o encarou fundo fazendo o garoto se tremer de medo. Nunca havia visto Anne tão irritada em toda sua vida.

— O que mais me surpreende é o comportamento dos dementadores... você realmente não tem ideia do que os fez se retirar, Snape?

— Não, ministro... quando recuperei os sentidos eles estavam voltando aos seus postos na entrada...

— Extraordinário. E, no entanto, Black, Harry, o garoto e a garota...

— Todos inconscientes quando cheguei. Amarrei e amordacei Black, naturalmente, conjurei macas e os trouxe diretamente para o castelo.

       Sirius olhou ao redor, se encontrava na Ala Hospitalar. A porta da enfermaria estava entreaberta e era de lá que vinha as vozes do Prof.Snape e do Ministro da Magia.

— Ah, vocês acordaram! — Madame Pomfrey aparece caminhando até a cama ao lado da de Sirius, onde se encontrava Harry. Pousou o chocolate na mesa de cabeceira de Harry e começou a parti-lo em pedaços com um martelinho.

— Como está o Rony? — perguntaram Harry e Hermione, juntos.

— Vai sobreviver — respondeu Madame Pomfrey de cara feia. — Quanto a vocês três... vão continuar aqui até eu me convencer que... Potter o que é que você acha que está fazendo?

       O garoto estava se sentando, colocando os óculos e apanhando a varinha.

— Preciso ver o diretor — disse.

— Potter — disse Madame Pomfrey, acalmando-o —, está tudo bem. Apanharam Black. Ele está trancado lá em cima. Os dementadores vão-lhe dar o beijo a qualquer momento...

— O QUÊ? — Sirius e Harry gritaram juntos.

      O  grito fora ouvido no corredor lá fora; no segundo seguinte, Cornélio Fudge e Snape entraram na enfermaria.

— Harry, Harry, que foi que houve? — perguntou Fudge, parecendo agitado. — Você devia estar na cama, ele já comeu o chocolate? — perguntou, ansioso, o ministro a Madame Pomfrey.

O Filho de Regulus Black: Sirius BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora