033. O Estranho Moody

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      No dia seguinte, o humor de Sirius não havia melhorado nem um pouco. Ele se sentou à mesa da Lufa-Lufa e encarou Dumbledore. O velho tinha pirado de vez!

— Six? — Anne chamou, com cautela.

— Estou bem, Anne. Estou bem.

      O correio chegou. A coruja de Sirus trouxe duas cartas. Sirius abriu a primeira carta, com Anne espiando por cima do ombro.

      Sirius,
               Soube de Olho-tonto. Sinto muito. Por favor, não cause problemas.
                                                                                        Tia Eliza

     Sirius encarou o avô, sentado à mesa dos professores.

— Idiota! — Resmungou. Ele começou a abrir a primeira carta. Franziu a testa.

— Que houve? — Questionou Anne.

— Não tem rementente.

       Sirius,
            Proteja Harry Potter
                                                     A.K.M.B

— A.K.M.B? Que inicias mais aleatórias! — Anne puxou a carta e a leu pela segunda vez — Como assim? O que tem de errado com Harry? — Olhou na direção da mesa da Grifinória.

— Tem dois Comensais da Morte soltos.

       Anne encarou Sirius. O garoto se encolheu, àqueles olhos escuros de Anne pareciam ver a alma dele.

— Ou...

— Ou? — Perguntou Sirius.

— Nada.

— Agora fala! — Disse o Black.

— Alice Moody Black. A.M.B. Qual é o nome completo da sua mãe?

— Anne, você está louca! — Sirius pegou a mochila e saiu correndo do Salão Principal.

      As aulas foram se passando e, embora, Anne sempre se sentasse ao lado de Sirius, o garoto a ignorava

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      As aulas foram se passando e, embora, Anne sempre se sentasse ao lado de Sirius, o garoto a ignorava. Anne não demorou para perceber que tinha passado um pouco do limite falando sobre a mãe do amigo. Mas o que ela podia fazer? Tinha 1% de chance da sua teoria estar errada. As inicias de Alice Black batiam com as da carta.

— Sirius Moody-Black, pare de me ignorar agora! — Anne disse, caminhando pesadamente atrás de Sirius.

— Anne Victoria Snape, será que você não entende? Não quero acreditar que minha mãe quer conversar comigo. Muito menos que ela quer que eu proteja alguém.

      Eles pararam no topo da estada que dava para o Hall.

— Desculpa, Six. — Anne segurou a mão do amigo. Ficou feliz quando Sirius não a puxou. — O que tá havendo ali embaixo?

      Draco Malfoy, Rony Weasley, Hermione Granger e Harry Potter estavam próximos um do outro. Malfoy segurava um jornal e mostra a alguma coisa nele para os três grifinorios.

— Você já olhou bem para sua mãe, Malfoy? — respondeu Harry, ele e Hermione seguravam Rony pelas costas das vestes para impedi-lo de partir para cima do outro. —Aquela expressão na cara dela, de quem tem bosta debaixo do nariz? Ela sempre teve aquela cara ou foi só porque você estava perto dela?

      O rosto pálido de Malfoy corou levemente.

— Não se atreva a ofender minha mãe, Potter.

— Então vê se cala esse bocão — disse Harry dando as costas ao colega.

      BANGUE!

      Várias pessoas gritaram. Ouviu um segundo estampido e um berro que ecoou pelo saguão de entrada.

— AH, NÃO VAI NÃO, GAROTO!

      Sirius viu Alastor Moody descer escada abaixo, em direção aos alunos lá embaixo. Tinha a varinha na mão e apontava diretamente para uma doninha muito alva, que tremia no piso de lajotas, exatamente no lugar e que Malfoy estivera.

      Fez-se um silêncio aterrorizado no saguão. Ninguém exceto Moody mexia um só músculo. Ele se virou para olhar Harry – pelo menos, o olho normal estava olhando para Harry; o outro estava apontando para dentro da cabeça.

— Ele o mordeu? — rosnou o professor. Sua voz era baixa e áspera.

— Não — respondeu Harry —, por pouco.

— DEIXE-O! — berrou Moody.

— Deixe... o quê? — perguntou Harry espantado.

— Não você, ele! — vociferou Moody, apontando o polegar por cima do ombro para Crabbe, que acabara de congelar em meio a um gesto para recolher a doninha branca. Parecia que o olho giratório de Moody era mágico e enxergava através da nuca do professor.

      Moody começou a mancar em direção a Crabbe, Goyle e a doninha, que soltou um guincho aterrorizado e fugiu em direção às masmorras.

— Acho que não! — rugiu Moody, tornando a apontar a varinha para a doninha, ela subiu uns três metros no ar, caiu com um baque úmido no chão e quicou de novo para cima.

"Não gosto de gente que ataca um adversário pelas costas", rosnou Moody, enquanto a doninha quicava cada vez mais alto, guinchando de dor. "Um ato nojento, covarde, reles..."

      Sirius estava congelado. Seus dedos ficaram frios, enquanto ele assistia o avô quicar a doninha.

— Esse...esse...não é meu avô! — Sussurou Sirius. Ele se virou e correu pelo corredor.

       Anne correu por todo o castelo procurando Sirius. Ela acabou o encontrando na Torre de Astronomia.

— Sirius? — Foi quando o amigo se virou que ela notou as lágrimas — Ah, Sirius! — Correu para abraçar o amigo.

— Anne, eu não aguento mais! O dia todos as pessoas me olharam e sussurravam. Antes foi meu tio, agora meus pais...e agora sou obrigado a aturar, o ano inteiro, o homem que se recusou a me criar por eu ser "um fruto das trevas".

— Sirius, e-eu...— Anne parou de falar, o melhor para fazer naquele momento era deixar Sirius chorar tudo o que estava tran ado dentro de si.

O Filho de Regulus Black: Sirius BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora