O Filho de Regulus Black: Sirius Black

032. Torneio Tribruxo e o novo professor

     Anne e Sirius ficaram jogando Snap'Explosivos. Sirius ganhou quase todas, Anne ganhou apenas três jogadas.

      Sirius começou a guardar o jogo quando o Expresso de Hogwarts começou finalmente a reduzir a velocidade até parar de todo na escuridão de breu da estação de Hogsmeade.

      Quando as portas do trem se abriram, ouviu-se uma trovoada no alto. Anne embrulhou Dark em sua capa, Sirius a imitou fazendo o mesmo com Max. A chuva caía em tal volume e rapidez que até parecia que alguém estava esvaziando baldes e mais baldes de água gelada na cabeça dos garotos.

       Anne e Sirius correram até as carruagens. Max miava sem parar, Sirius o segurava com força. Eles embarcaram na carruagem e começaram a andar na direção de Hogwarts.

      Os garotos passaram pelos portões, ladeados por estátuas de javalis alados, e as carruagens subiram o imponente caminho oscilando perigosamente sob uma chuva que parecia estar virando tromba-d'água. Curvando-se para a janela, Sirius pôde ver Hogwarts se aproximando, suas numerosas janelas borradas e iluminadas por trás da cortina de chuva. Os relâmpagos riscaram o céu no momento em que a carruagem parou diante das enormes portas de entrada de carvalho, a que se chegava por um lance de degraus de pedra. As pessoas que tinham tomado as carruagens anteriores já subiam correndo os degraus para entrar no castelo; Anne e Sirius correram escada a cima, e chegaram ao conforto do Hall do castelo.

— Que chuva, cara! — Anne olhou para as portas.

— Vem, vamos logo! — Sirius puxou Anne na direção do Salão Principal; eles caminharam até a mesa da Lufa-Lufa, onde se sentaram lado-a-lado.

— Que fome! — Anne colocou a mão na barriga.

       Os alunos do primeiro ano passaram pelas portas do Salão Principal, todos encharcados por conta da chuva. Eles caminharam até a frente da mesa dos professores, onde começaram a serem selecionados para suas casas. Anne e Sirius aplaudiram todos os novos alunos da Lufa-Lufa.

      No fim da seleção, Dumbledore se levantou abrindo os braços como se quisesse prender todos em um abraço apertado.

— Só tenho duas palavras para lhes dizer — começou ele, sua voz grave ecoando pelo salão. — Bom apetite!

— Isso! — As travessas se encheram magicamente de comidas.

      Sirius se serviu tanto, que parecia que ele era um buraco-negro.

— Olá, Frei! — Anne cumprimentou o fantasma da Lufa-Lufa. — Como foi as férias?

— As melhores possíveis, Srta. Snape. Obrigado por perguntar — Respondeu o fantasma.

      Quando as sobremesas também tinham sido destruídas, e as últimas migalhas desaparecidas dos pratos, deixando-os limpos e brilhantes, Alvo Dumbledore tornou a se levantar. O burburinho das conversas que enchiam o salão cessou quase imediatamente, de modo que somente se ouviam o uivo do vento e o batuque da chuva.

— Então! — exclamou Dumbledore, sorrindo para todos. — Agora que já comemos e molhamos também a garganta, preciso mais uma vez pedir sua atenção, para alguns avisos.

"O Sr. Filch, o zelador, me pediu para avisá-los de que a lista dos objetos proibidos no interior do castelo este ano cresceu, passando a incluir Ioiôs berrantes, Frisbees-dentados e Bumerangues-de-repetição. A lista inteira tem uns quatrocentos e trinta e sete itens, creio eu, e pode ser examinada na sala do Sr. Filch, se alguém quiser lê-la."

      Os cantos da boca de Dumbledore tremeram ligeiramente.

       Ele continuou:

— Como sempre, eu gostaria de lembrar a todos que a floresta que faz parte da nossa propriedade é proibida a todos os alunos, e o povoado de Hogsmeade, àqueles que ainda não chegaram à terceira série.