051. Os caminhos se separam.

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      Sirius ergueu a cabeça no momento em que ouviu as vozes discutindo. Ele olhou pra Anne, erguendo as sobrancelhas em confusão.

— Quem será?

— Não faço a menor ideia — Respondeu a garota.

— Vão acordá-lo se não calarem a boca!

— Por que é que estão gritando? Não pode ter acontecido mais nada ou pode?

      As vozes foram se aproximando e foi se tornando mais fáceis de saber quem eram.

— É a Profª.McGonagall! — Disse Anne.

— É o Fudge! — Disse Hermione.

— Lamentável, mas mesmo assim, Minerva... — dizia o ministro em voz alta.

— O senhor nunca deveria tê-lo trazido para o interior do castelo! — berrou a professora. — Quando Dumbledore descobrir...

      Sirius observou as portas da enfermaria se escancararem. Os Profs. McGonagall e Snape vinham em seus calcanhares.

— Onde está Dumbledore? — Fudge interpelou a Sra.Weasley.

— Não está aqui — disse a senhora zangada. — Isto é uma enfermaria, ministro, o senhor não acha que faria melhor...

      Mas a porta se abriu e Dumbledore entrou decidido.

— Que aconteceu? — perguntou energicamente, olhando de Fudge para McGonagall. — Por que estão incomodando estas pessoas? Minerva, você me surpreende, eu lhe pedi para ficar vigiando Bartô Crouch...

— Não há necessidade de vigiá-lo mais, Dumbledore! — gritou ela. — O ministro já providenciou isso!

      Normalmente a Profª.Minerva já era assustadora, mas agora, ela conseguia ficar o triplo de assutadora. Havia manchas vermelhas de raiva em seu rosto, as mãos estavam fechadas em punhos; ela tremia de fúria.

— Quando informei ao Sr. Fudge que tínhamos apanhado o Comensal da Morte responsável pelos acontecimentos desta noite — disse Snape, em voz baixa —, parece que ele achou que sua segurança pessoal estava ameaçada. Insistiu em chamar um dementador para acompanhá-lo até o castelo. Levou-o para a sala em que Bartô Crouch...

— Avisei a ele que você não concordaria, Dumbledore! — vociferou a Profª.Minerva. — Avisei a ele que você não permitiria que dementadores entrassem no castelo, mas...

— Minha cara senhora! — rugiu Fudge, que parecia igualmente zangado — Como ministro da Magia, sou eu quem decide se quero trazer uma proteção pessoal quando vou entrevistar alguém possivelmente perigoso...

      Mas a voz da Profª. McGonagall abafou a de Fudge.

— No momento em que aquela... aquela coisa entrou na sala — berrou ela, apontando para Fudge, o corpo todo tremendo — o dementador avançou para Crouch e... e...

      Anne levou as mãos até a boca, em puro choque. Sirius se viu encolhendo. Todos sabiam o que havia acontecido. O dementador havia dado o beijo do dementador, sugando a alma do Comensal da Morte.

— Pelo que todos dizem, não se perdeu nada! — vociferou Fudge. — Ele parece ter sido responsável por várias mortes!

— Mas ele agora não pode prestar depoimento, Cornélio — disse Dumbledore, encarando Fudge com insistência, como se o visse direito pela primeira vez. — Ele não pode testemunhar por que matou essas pessoas.

— Por que ele as matou? Ora, isso não é mistério, é? — esbravejou o ministro. — Ele é doido de pedra! Pelo que Severus nerva me disseram, ele parecia pensar que tinha feito tudo isso seguindo instruções de Você-Sabe-Quem!

O Filho de Regulus Black: Sirius BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora