Lily sabia que tinha algo diferente na cidade, ou talvez havia algo de diferente nela, quem sabe eram os dois.
Depois de tantos anos, agora em 1984, a família Dellarosa estava de volta a Hawkins, só que agora não tão completa quanto antes.
Ao se j...
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⋇ 𝒏𝒊𝒈𝒉𝒕𝒎𝒂𝒓𝒆𝒔 ⋇
NARRADOR
Entrando em casa, Lily percebeu que sua mãe estava lá, o que era um milagre considerando que ela mal parava em casa nos últimos dias.
- Mãe - Sua garganta ardeu ao dizer, como se a palavra não fosse certa. - Podemos conversar?
- Seja rápida Amélia, tenho muito o que fazer.
- Ok. Cadê a Anne, e por quê você está mentindo para mim?
Agatha, que estava na bancada da cozinha se virou para filha com um sorriso totalmente sereno.
- Lily, meu amor, do que está falando?
Ela obviamente estranhou seu comportamento, desde quando apelidos carinhosos faziam parte de sua rotina?
- Onde está a Anne? - Ela repetiu, com a voz um pouco falhada dessa vez.
Agatha sabia os pontos fracos da garota, e não iria evitar de usá-los quando os benefícios seriam para si.
- Já disse querida, na casa de uns parentes.
- Querida? Desde quando me chama assim? E que parentes?
- Lily, eu estou atrasada, chega de perguntas. - Pegou sua bolsa e foi em direção a porta, ignorando totalmente a filha que falava com ela.
- Hey, eu estou falando com você. Qual é o seu problema? Você é impossível, Agatha!
Irritada e sem entender a mudança de comportamento da mãe, ela subiu as escadas para seu quarto. De tantas pessoas no mundo, por quê justo ela deveria ser sua progenitora?
Com o ódio crescendo cada vez mais dentro de seu peito, ela sentia seus olhos mudarem de cor, e sabia que não iria demorar para outra crise aparecer.
Pegou sua bolsa, e foi até um lugar onde poderia aliviar o peso de seus poderes em paz.
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Em segundos a vegetação em sua volta estava completamente queimada.
Com a mente, ela puxava uma gigantesca pedra do fundo do lago dos amantes e a estourava em pedacinhos.
Ela tinha medo do que aconteceria quando não pudesse fugir para dentro da floresta e queimar algumas plantas.
Ela queimaria alguém? Algum de seus amigos? Ela não se perdoaria por isso.
Jamais.
Sua cabeça estava barulhenta o dia todo, estava preocupada com Anne, aquela história dos parentes de Lily não saía de sua cabeça. Ainda tem o comportamento estranho da mãe hoje cedo. Os sonhos esquisitos, que ela teimava para si mesma que não eram nada demais, porém no fundo ela sabia que eram sim.