Ciúmes Súbito e Provocações Desnecessárias

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Estava sentado no sofá usando o computador e Analu embrulhava o presente que comprou para Victória sentada ao meu lado.

- Amor por favor! Não esquece o presente dela aqui. - disse toda atrapalhada tentando fazer um laço com a fita.

- Okay! Você já falou isso mil vezes. Deixa eu te ajudar. - coloquei o notebook ao lado.

Analu não iria comigo para a festa, porque uma agência havia ligado e disseram que ela tinha o perfil de um projeto deles. Então ela iria na tal agência primeiro para conversar sobre esse possível novo trabalho e depois iria para a festa.

- Não sei porque você trocou o embrulho que colocaram na loja. - comentei assim que fiz o laço.

- Porque o da loja era sem graça, esse é muito mais bonito! - fez careta e se levantou com o presente.

- Vem cá! - a puxei para meu colo.

- Ai Joseph! Vai bagunçar o embrulho. Está tão bonitinho! - disse tentando se livrar das minhas mãos.

Com uma mão peguei o presente das suas e coloquei na mesa de centro e com a outra continuava segurando-a.

- Faz alguns dias que não fazemos nada... - a virei de frente para mim.

- Que? Ontem eu te abracei. - brincou.

- Você sabe do que estou falando. - a beijei com vontade.

- Não amor, tenho que me arrumar para ir na agência. - me parou colocando a mão na minha boca.

- Então deixa eu tomar banho com você?

- Amor, já estou atrasada, se você for comigo vamos demorar muito. - me deu um selinho e se levantou.

Não insisti. Minutos depois ela apareceu na sala pronta para sair. Pegou seu celular que estava ao meu lado e me beijou.

- Não esquece o presente! - me lembrou novamente - Depois faço tudo o que quiser! - piscou para mim já na porta.

Assim que ela saiu fiz algo para comer, macarrão coisa rápida. Depois falei com minha mãe via skype.

15h eu estava no estacionamento abrindo meu carro para ir, mas esqueci o presente de Analu, tive que voltar em casa para pegar.

O endereço era próximo a casa de Maria Antônia, diferença de um km aproximadamente. Cheguei de frente a casa do endereço, estacionei o carro. Já inha uma certa movimentação.

O portão da casa estava aberto, e dava direto ao local da festa, a piscina, então entrei.

- Olá, sou Cristina, mãe de Victória. - uma mulher simpática me cumprimentou.

- Sou o Joseph, professor de música da sua filha. - sorri.

- Bem vindo, fica a vontade.

- Obrigado...

Logo ela saiu e foi cumprimentar outras pessoas que chegavam. Estava uma folia na piscina. Avistei Victória de longe, estava com short jeans, biquíni tomara-que-caia preto e o cabelo preso em um coque frouxo.

- Oi professor! - Victória disse assim que se aproximou.

- Parabéns. - a abraçei.

- Obrigada professor.

- Não precisa me chamar de professor fora da escola, além de professor e aluna somos amigos. Não somos?

- Sim, somos. - sorriu tímida.

- Este é o presente da Analu. - entreguei o embrulho.

- Obrigada! O que é?

- É uma camisa xadrez. Ela se arriscou em comprar roupa, espero que goste. O meu vou entregar depois okay.

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