Faça O Que Quiser

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Por Maria Antônia*

Joseph e meu tio ficaram conversando na sala. Eu os deixei à sós para ir tomar um banho. Entrei no quarto da Reh com um sorriso imenso no rosto. Me sentindo boba de tão feliz. Tomei um banho demorado e depois que sai, coloquei um vestido estampado bem leve e solto.

Voltei para a sala e Joseph e meu tio ainda conversavam. Me sentei ao lado de Joseph no sofá. Olhei para eles e senti uma tensão, então o meu primo mais velho voltou a falar.

- Você não pretende ter algo sério com a minha prima?

- Renato! - olhei para ele e cruzei os meus braços.

- Me desculpe, mas todos sabem que a grávidez não era desejada, então, não estamos tendo relação desse tipo... não planejamos nada disso, tenho certeza que a Maria não queria estar grávida com vinte anos. - Joseph disse.

-Também tenho rapaz, mas você foi um pouco inconsequente, não acha? - agora o meu tio disse.

- Tio, olha, não é um assunto que eu queira conversar com o senhor e muito menos que você converse com o Joseph, estamos bem, tá bom? - tentei dar um basta naquilo.

- Maria, você precisa de alguém que realmente esteja com você nisso tudo, nós somos a sua família e estamos aqui para isso. - Renato disse.

- Não preciso estar em um relacionamento com ela para fazer minha parte, jamais a deixaria desamparada. Eu sou o pai dos bebês e vou fazer de tudo por eles. Isso já está explícito no nosso cotidiano. - Joseph disse sem em nenhum momento desviar seus olhos dos de Renato.

- Verdade, não precisa se preocupar, o Joseph... é incrível... e eu confio nele. - olhei para os oceanos azuis que passou a me olhar também.

- Tudo bem, só não quero que você sofra, sei o quanto a sua juventude era conturbada e você fingia sorrisos para todo mundo, não quero que faça o mesmo agora. Não quero que se sinta só. - meu tio disse.

Joseph ficou me olhando e eu segurei minhas lágrimas causadas pelas lembranças.

- Estou bem. - respondi e mordi o lábio inferior.

- E se não estiver, eu vou fazer de tudo para que fique. - Joseph disse.

- É o que eu espero. Você tem quase trinta anos, mas ela tem só vinte. - Renato se levantou e saiu da sala.

Meu tio apertou a mão de Joseph e também saiu.

- Desculpa, Joseph. Eu não sabia que eles iriam fazer isso. - me desculpei acariciando minha barriga.

- Estávamos conversando normalmente, até o seu primo chegar. - também colocou a mão na minha barriga.

- Aquele idiota, aposto que ninguém chamou ele para a conversa! - me levantei - Joseph, eu estava pensando, que poderíamos ir no parque hoje a noite... o que você acha?

- Uma boa ideia! - sorriu - Que horas eu passo aqui para te pegar?

- As vinte... está bom... - sorri.

- Okay. Agora você precisa descansar um pouco.

- Uhum! Já, já vou cochilar.

- Tá, eu vou ir para o hotel tomar um banho - se levantou.

O acompanhei até o portão. Acenei e sorri quando ele entrou no carro. Depois que deu a partida entrei de novo na casa e fui para o quarto. Me deitei na cama da minha prima, peguei meu celular e liguei para a Tória.

- Alô?

- Oi Tória!

- Oi Maria! Estou brava com você!

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