A Festa de Halloween

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Nem mil desculpas serão o suficiente. Demorei mais de quatro meses para atualizar o livro na reta final, nem sei mais se tem alguém que lê ele, mas cá estou. Escrevi esse capítulo com a co-escritora e em breve vamos postar a continuação dele (o último cap.) e terá também um epílogo especial.
De verdade, milhões de desculpas! Não demorarei agora para terminar, estava um tanto sem estímulo para esse livro e focada no fim de um outro, esses são meus motivos, mas jamais serão suficiente para o meu descaso.

* A imagem da mídia é para representar as gêmeas agora com quase três anos. A de cima é a Hailey e a de baixo a Helen.*

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Anos depois. . .

Se de fato estivesse certo era o pé de Helen que estava no meu pescoço. Abri os olhos lentamente tendo o teto como primeira imagem do dia, para ser sincero preferia os grandes olhos escuros de minha esposa, nessa colocação.

Olhei para o meu lado esquerdo e encontrei as razões do meu viver, minhas duas filhas e sua mãe. Helen estava de cabeça para baixo com uma perninha repousada em meu peito e seu pequeno e macio pé encostado em minha jugular, já Hailey estava abraçada a Maria no extremo de um aperto, ela nunca dormiu sem a mãe e tenho minhas dúvidas se conseguiria.

- Bom dia. - Maria me surpreendeu ao abrir os olhos.

Estiquei-me sobre nossas companhias e depositei um beijo em seus lábios.

- Bom dia. - sorri próximo de sua boca. - I love you. - sussurrei.

- Hum, adoro quando você faz isso. - sussurrou muito preguiçosa.

- Eu sei.

Dei-lhe outro beijo e após receber o sorriso de Antônia e um empurrão de Helen, coloquei meus pés no carpete do cômodo e me dirigi ao banheiro, tropecei em um carrinho de madeira que a Helen adora e pela distração, esbarrei em uma caixa de papelão colocada ao centro do quarto, havia muitas pelos muitos lugares da casa, praticamente quase toda a nossa mudança ainda estava encaixotada.

Maria levantou a cabeça com o barulho que fiz para ver o que tinha acontecido porém logo depois voltou a afundar a cabeça entre o travesseiro e o pescoço da nossa caçula.

Ainda inteiro, mas com pequenas dores, adentrei o banheiro e parei em frente a pia, fixei minhas mãos no mármore da bancada e olhei no espelho. Era um início de sábado preguiçoso, como muitos outros. Na noite passada ficamos até altas horas comendo pizza e depois que Samuel, Victória e Kaique foram embora, as gêmeas finalmente se permitiram pegar no sono por volta das duas horas da madrugada e Maria e eu pudemos aproveitar alguns minutos juntos.

Enchi minhas mãos unidas, com água e levei até meu rosto que estava mais próximo devido a curvatura de meu corpo. Repeti o gesto mais uma vez e na última olhei a aliança em meu dedo anular esquerdo onde se encontrava uma aliança dourada que nunca passa despercebida. Maria a escolheu, não era nem de longe uma das mais caras, Maria a escolheu por ser grossa e de fácil visibilidade, mas sinceramente, ela me conhece muito bem, a aliança fina não era muito a minha cara.

Voltei para o quarto depois de terminar minha higiene e encontrei Maria sentada na cama conversando com Hailey, a Hele ainda estava esparramada dormindo.

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