red moon - hyunho

quinze

MINHO
point of view

Hyunjin se afastou dos irmãos e voltou para sua sala, ele estava uma pilha de nervos. Maldito seja esse Cho Sunghoon.

— Lix, você acha que ele abrirá para mim se eu for até ele?

— Acho. — sussurrou de volta. — Quer acalmá-lo ou algo aconteceu algo?

— Os dois.

— Me conte.

— Cho Sunghoon foi o cara que atacou ele, não foi? — Lee concordou. — Um cara com o mesmo nome foi atrás de um amigo meu. Você acha que tem chance de ser a mesma pessoa?

— 100% de chance. Sunghoon deve ter descoberto sobre vocês. Pode ir até lá.

[...]

— Não me venha falar sobre problemas. — Hyunjin vociferou. — Tranque a porta.

— Por quê?

— Só tranca essa porra, não quero ser incomodado.

— Então isso é um pedido para eu sair e tranca-lá?

— Isso é um pedido para você trancar e ficar. Mas, faça como quiser.

— Meio que eu vim lhe falar sobre problemas.

— O que pode ser pior que meu irmão ser atacado? Eu ter confiado em vocês e você serem informantes da polícia que estão atrás de mim? — Riu ironicamente, com o olhar preso no celular.

Esse homem ainda vai me matar do coração com essas brincadeiras.

— Um tal de Cho Sunghoon foi atrás de um amigo meu.

— Oh, meu Deus. Ele está bem? O que aconteceu?

— Eu não sei exatamente como aconteceu, mas ele me disse que o cara ameaçou matar todos que ele ama. E atirou na perna dele. Vernon disse que escondeu a mãe dele.

— Um tiro? Caralho! Você quer que eu o mande para algum lugar seguro?

— Você faria isso por mim?

— Claro, Lino. Ele parece ser importante para você, não é?

— Como um irmão mais novo, eu acho. Ele é muito amigo do In.

— Certo... Você acha que eu posso mandá-lo para onde meus irmãos ficam? Ryujin cuida deles, e eu já te direi, ela é ótima em protegê-los. Confio muito nela. Ele seria super bem cuidado.

— Onde é?

— É em algum canto de Gimpo-si.

— Eu irei conversar com ele, obrigado.

— Claro, mais alguma coisa?

— Não sei... Queria ver se você iria ficar bem.

— Por que não ficaria?

— Você estava muito bravo lá embaixo.

— Eu não estava nem metade do que costumo ficar quando estou bravo, mas estou muito, muito irritado. O que você faz quando fica irritado?

— Eu fico sozinho, costumo ser um pouco explosivo.

Hyunjin empurrou sua cadeira e se aproximou de onde eu estava parado. Arregalei os olhos quando suas mãos seguraram a minha cintura e me puxaram para perto. Hwang deitou a cabeça em meu peito e começou a brincar com as correntes da minha camiseta.

— Intak puxou a personalidade do meu pai. — Sussurrou. — Yeji a da minha mãe. E eu...

— Eu gosto de quando as pessoas não são iguais as outras. Tudo assim parece repetitivo.

— Então, o que você vê de bom em mim?

Encarei Hyunjin e o vi se curvar para me olhar. Suspirei pesadamente, isso não deveria estar acontecendo.

— Bem, você consegue ser meio maluco quando quer. — Ele riu.

— Não substitua criminoso por maluco.

— Mas, em contrapartida, é leal e prestativo. Lix fala com tanto orgulho sobre você, do quanto você salvou a vida dele e o protegeu durante todos esses anos.

— Você parece estar gostando muito do Lix. — disse.

— Ele é um cara muito legal.

— Demais.

— Lino?

— Hm? — acariciei seu cabelo.

— Posso beijar você?

— O- quê?

— Eu... quero muito beijar você.

Fiquei em silêncio, senti suas mãos trilharem um caminho silencioso da minha cintura até a minha nuca e puxar meu corpo para perto do seu. Nossos corpos se colaram, Hyunjin grudou seus lábios no meu e por um minuto eu senti como se fossemos apenas duas pessoas normais.

Hyunjin não era um criminoso.

Eu não era um policial disfarçado.

Éramos apenas... nós.

Merda, o que eu estou pensando?

Parabéns, hipócrita! Reclamei de Jisung e agora estou pior que ele.

Acariciei sua nuca e o senti aprofundar o beijo, o mais novo brincava com a minha língua enquanto eu aproveitava o calor do seu corpo totalmente colado ao meu. Estou completamente disperso e entregue a Hyunjin.

Isso é totalmente ruim, ele era como uma droga e eu não podia me viciar.

Hwang passeou com as mãos livremente por meu peitoral por dentro da blusa, nos afastamos ofegantes. Ele colocou a testa na minha e sorriu, me fazendo sorrir também.

— Acho que você será como uma droga para mim. — ele disse. — Estou começando a ficar viciado, acha que precisarei de reabilitação?

Rimos juntos, ainda abraçados. Estou completamente fodido.