vinte e dois

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MINHO
point of view.

— Não acha que tem muito que me explicar? — Hyunjin questionou assim que voltamos ao galpão, segurou meu pulso, me fazendo olhá-lo nos olhos. — Você sumiu por quatro dias.

— Não devo satisfações à você. — Me soltei do seu aperto e fui direito para o quarto que dividia com ele, tranquei a porta e ignorei as batidas.

— Abra essa porta agora, Lee Know. — Ouvi a voz do Hwang e suspirei, segurei um grito e joguei minhas coisas no chão, frustrado.

— Hyunjin... — Christopher chamou. — Ele precisa de um tempo à sós.

— Que porra está acontecendo com ele, Chris? — gritou.

— Saiam daqui! — Gritei de volta. — Não quero ver ninguém.

— É um assunto delicado. — ouvi Chris improvisando. — Ele não quis me contar muito, mas parece que viu alguém que o adotou. Isso deve ter mexido com a cabeça dele.

— Ah, então... Eu vou deixá-lo um pouco sozinho, Lee. Se precisar de algo, sabe onde me encontrar.

Não sei se poderei aguentar ver Felix agora. Tomamos rumos diferentes e talvez, eu poderia ter dado uma vida melhor à ele se tentasse procurá-lo. É a minha culpa.

— Não é sua culpa, Lino. — Chan sussurrou contra a porta antes de se afastar completamente.

Escorreguei até o chão e abracei minhas pernas, o choro acabou por vir com tudo e eu me deixei pensar: Meus pais me odiariam se estivessem vivos.

FELIX
point of view.

— E ele ainda está trancado no quarto?

— Sim, Lix.

— Ah. Eu vou tentar ajudá-lo, sabe... Ele me ajudou naquela vez.

— Tudo bem, Changbin disse que está chegando logo e acredita? Han faz aniversário um dia antes de você.

— Mais um para comemorarmos! — sorri animado. — Irá ser divertido dessa vez, sabe, com mais quatro para ajudar na bagunça.

Acenei para Hyun e sai do escritório, indo direto ao quarto que eles dividiam. Dei leves batidas na porta e entrei assim que vi que estava aberta.

Minho estava deitado no chão, olhando para o teto e lágrimas escorriam em silêncio.

— Por que está deitado no chão? Você tomou algum remédio?

— Lix, por favor... Me deixe sozinho.

— Por que, Lino?

— Não sei se conseguirei ver você agora.

— Eu fiz algo errado?

— Não. Você não fez nada de errado. Eu que fiz. Eu que fui um idiota. — Lee começou a se bater, corri até ele e segurei seus braços, o forçando a se sentar.

— Ei, se controla... O que aconteceu?

— Podemos só... não conversar sobre isso? — Lino me encarou esperançoso, concordei em um aceno e o ajudei a se levantar.

— Está mais calmo?

— Acho que... — respirou fundo antes de me encarar. — Sim.

— Certo. Bom, meu aniversário e do Minnie está bem perto, costumamos fazer um bolo para comemorar, soube que o do Han é um dia antes do meu, quer nos ajudar?

— Vocês fazem o bolo sozinho? Não é mais simples comprar um pronto?

— É, mas é divertido. Nossos aniversários são um dos poucos momentos em que podemos esquecer a realidade que vivemos.

— Ah, tudo bem.

Lee ainda ainda não estava bem, consigo senti-lo controlando sua crise, para talvez, não me assustar ou algo do tipo. Não sei porque cogitar essa ideia me incomodava tanto.

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red moon - hyunhoOnde histórias criam vida. Descubra agora