"estou sentado com os olhos bem abertos e há uma coisa presa na minha mente: se eu desviei de uma bala ou perdi o amor da minha vida."
BANG CHAN
point of view— Pai?
Entrei na casa que estava em um completo silêncio. Vi minha mãe sentada no sofá e andei até onde ela estava.
— Onde o meu pai está?
— Chan? Querido, Chan está em casa!
Me surpreendi quando a mais velha me abraçou, não consegui retribuir o abraço e me choquei mais ainda quando meu pai desceu as escadas sorrindo.
— Sua mãe não tem nenhuma recaída há sete meses, filho.
— É sério? — ele concordou. — Isso... É incrível. A senhora está bem?
Acariciei o rosto da mulher e a vi acenar positivamente.
— Essa é a notícia mais feliz que já recebi em sete meses, ou até na minha vida inteira.
— Amor... — mamãe me encarou. — Não fique com raiva do seu pai, está bem? Eu pedi a ele que só te deixasse voltar quando eu estivesse bem.
— Eu não estou com raiva, mamãe. Eu entendo completamente o lado de vocês dois e fico muito feliz que a senhora está limpa a tanto tempo. Sei que consegue ir muito além e se livrar desse vício estúpido.
— Também fico feliz, meu querido. Mas... por onde esteve? Seu pai me disse que você não deu nenhuma notícia.
— Hm, estava infiltrado para uma missão. Não pude ter contato com nenhum conhecido fora da polícia para não atrapalhar a missão.
— E como foi?
— Um desastre. E muito cansativa.
— Vou cozinhar para você e sua mãe. — meu pai andou saltitante até a cozinha, fazendo eu e mamãe rirmos.
É simplesmente impossível acreditar que aquilo era real. Era como se isso fosse o milagre que eu precisava para me impedir de afundar completamente depois do caos que foi aquilo.
— Vá lá tomar um banho, eu guardo sua mala.
[...]
MINHO
point of viewAndei até a minha sala e me sentei, liguei o computador e entrei para me atualizar do que estava acontecendo. Já fazia quase um mês desde os últimos acontecimentos. Um mês desde que eu não via os meninos.
— Minho? — Jeongin entrou desesperado na sala, sem antes bater na porta.
— Sim?
— Arma e distintivo.
Peguei meus pertences e o segui até a saída da delegacia.
— Yang, o que está acontecendo?
— A gente precisa ir, tipo agora.
Corremos até a viatura e encontramos com Jisung e Chan.
— Você dirige. — Han jogou a chave do carro para o Chris e Jeongin me empurrou para dentro.
— Que porra 'tá acontecendo, caralho? — gritei, exasperado.
— Hoshi descobriu que o novo responsável pela gangue do Sunghoon irá atacar o galpão dos meninos. — Jisung explicou. — Precisamos chegar lá antes deles. Dirige mais rápido, Christopher!
— Eu 'tô na velocidade máxima permitida, Jisung!
— Foda-se a velocidade permitida! Liga a porra da sirene!
[...]
Saímos da viatura às pressas e eu parei quando escutei um disparo. Merda. Corri o mais rápido que pude para dentro e pude ouvir a gritaria.
— Felix!
Outro disparo e um outro grito vindo de Hyunjin.
Entramos no escritório e vimos Felix e Seungmin deitados no chão.
— Somos da polícia! Todos pro chão! — O mais velho gritou, apontando a arma para os outros caras que estavam segurando Hyunjin e Changbin.
— Larguem as armas, agora. — acenei para que Jeongin fosse até Seungmin para socorrê-lo.
— Mais um passo e nós atiramos neles. — O homem respondeu e eu revirei os olhos. Ele não iria atirar.
Me virei de costas e tirei o telefone do bolso. Liguei para a minha unidade e tentei falar o mais baixo que pude.
— Oi? Aqui é Lee Minho, do departamento 09, precisamos de reforços no galpão perto da saída de Seul. Até agora, temos dois feridos e dois reféns. Chame uma ambulância por favor.
— Espera. Minho? — reconhi à voz de Hongjoong e suspirei em alívio. — Porra, estão no galpão de Hyunjin? Quem são os feridos? Os meninos estão bem?
— Seungmin e meu irmão levaram um tiro, Hyunjin e Changbin estão como reféns e estamos tentando amenizar a situação. Por favor, Hong, reforços e uma ambulância.
— Claro, vou chamar nossa equipe e estamos indo já para aí. Vou chamar uma ambulância também. Tente uma negociação.
Guardei o telefone no bolso e corri até onde Felix estava jogado.
— Lix? Sou eu...
— Minho... 'Tá doendo muito. — Levantei sua camisa para ver o ferimento e me assustei. O tiro tinha atingido o lado esquerdo da sua barriga e estava sangrando muito. Já o ferimento de Seungmin tinha sido no ombro.
— Eu já chamei por reforços, 'tá? Você e o Minnie vão ficar bem, eu te prometo.
— Eu... devia ter escutado você e me entregado.
— Não se esforça muito para falar, ok? Você está bem fraco. Precisa ter forças...
— Porra, Minho! Ele desmaiou! — Jeongin gritou. — Já chega, seus filhos da puta!
Yang levantou e andou até onde os outros tentavam desarmar os caras que seguravam Changbin e Hyunjin.
— Volta aqui, Jeongin!
— Eu vou estourar a cabeça de vocês se não largarem a porra das armas AGORA.
— Vocês não podem atirar em nós, estamos com o que querem.
— No momento tudo que eu quero é estourar a merda dos seus miolos. Quem foi o filho da puta que atirou no Seungmin? Se eu quiser atirar em vocês, arrisco dizer que eu não vou errar.
— Felix, fica quieto, 'tá? Não se mexe muito. Eu já volto.
VOCÊ ESTÁ LENDO
red moon - hyunho
ActionLee Minho, um dos policiais mais renomados e importantes da Coreia do Sul se é visto colocado em um novo e complicado caso: Capturar o mafioso Hwang Hyunjin, um dos mais procurados do país. iniciada: 01/04/2022 terminada: 26/09/2022