trinta e cinco

688 102 18
                                    

"estou sentado com os olhos bem abertos e há uma coisa presa na minha mente: se eu desviei de uma bala ou perdi o amor da minha vida."

BANG CHAN
point of view

— Pai?

Entrei na casa que estava em um completo silêncio. Vi minha mãe sentada no sofá e andei até onde ela estava.

— Onde o meu pai está?

— Chan? Querido, Chan está em casa!

Me surpreendi quando a mais velha me abraçou, não consegui retribuir o abraço e me choquei mais ainda quando meu pai desceu as escadas sorrindo.

— Sua mãe não tem nenhuma recaída há sete meses, filho.

— É sério? — ele concordou. — Isso... É incrível. A senhora está bem?

Acariciei o rosto da mulher e a vi acenar positivamente.

— Essa é a notícia mais feliz que já recebi em sete meses, ou até na minha vida inteira.

— Amor... — mamãe me encarou. — Não fique com raiva do seu pai, está bem? Eu pedi a ele que só te deixasse voltar quando eu estivesse bem.

— Eu não estou com raiva, mamãe. Eu entendo completamente o lado de vocês dois e fico muito feliz que a senhora está limpa a tanto tempo. Sei que consegue ir muito além e se livrar desse vício estúpido.

— Também fico feliz, meu querido. Mas... por onde esteve? Seu pai me disse que você não deu nenhuma notícia.

— Hm, estava infiltrado para uma missão. Não pude ter contato com nenhum conhecido fora da polícia para não atrapalhar a missão.

— E como foi?

— Um desastre. E muito cansativa.

— Vou cozinhar para você e sua mãe. — meu pai andou saltitante até a cozinha, fazendo eu e mamãe rirmos.

É simplesmente impossível acreditar que aquilo era real. Era como se isso fosse o milagre que eu precisava para me impedir de afundar completamente depois do caos que foi aquilo.

— Vá lá tomar um banho, eu guardo sua mala.

[...]

MINHO
point of view

Andei até a minha sala e me sentei, liguei o computador e entrei para me atualizar do que estava acontecendo. Já fazia quase um mês desde os últimos acontecimentos. Um mês desde que eu não via os meninos.

— Minho? — Jeongin entrou desesperado na sala, sem antes bater na porta.

— Sim?

— Arma e distintivo.

Peguei meus pertences e o segui até a saída da delegacia.

— Yang, o que está acontecendo?

— A gente precisa ir, tipo agora.

Corremos até a viatura e encontramos com Jisung e Chan.

— Você dirige. — Han jogou a chave do carro para o Chris e Jeongin me empurrou para dentro.

— Que porra 'tá acontecendo, caralho? — gritei, exasperado.

— Hoshi descobriu que o novo responsável pela gangue do Sunghoon irá atacar o galpão dos meninos. — Jisung explicou. — Precisamos chegar lá antes deles. Dirige mais rápido, Christopher!

— Eu 'tô na velocidade máxima permitida, Jisung!

— Foda-se a velocidade permitida! Liga a porra da sirene!

[...]

Saímos da viatura às pressas e eu parei quando escutei um disparo. Merda. Corri o mais rápido que pude para dentro e pude ouvir a gritaria.

— Felix!

Outro disparo e um outro grito vindo de Hyunjin.

Entramos no escritório e vimos Felix e Seungmin deitados no chão.

— Somos da polícia! Todos pro chão! — O mais velho gritou, apontando a arma para os outros caras que estavam segurando Hyunjin e Changbin.

— Larguem as armas, agora. — acenei para que Jeongin fosse até Seungmin para socorrê-lo.

— Mais um passo e nós atiramos neles. — O homem respondeu e eu revirei os olhos. Ele não iria atirar.

Me virei de costas e tirei o telefone do bolso. Liguei para a minha unidade e tentei falar o mais baixo que pude.

— Oi? Aqui é Lee Minho, do departamento 09, precisamos de reforços no galpão perto da saída de Seul. Até agora, temos dois feridos e dois reféns. Chame uma ambulância por favor.

— Espera. Minho? — reconhi à voz de Hongjoong e suspirei em alívio. — Porra, estão no galpão de Hyunjin? Quem são os feridos? Os meninos estão bem?

— Seungmin e meu irmão levaram um tiro, Hyunjin e Changbin estão como reféns e estamos tentando amenizar a situação. Por favor, Hong, reforços e uma ambulância.

— Claro, vou chamar nossa equipe e estamos indo já para aí. Vou chamar uma ambulância também. Tente uma negociação.

Guardei o telefone no bolso e corri até onde Felix estava jogado.

— Lix? Sou eu...

— Minho... 'Tá doendo muito. — Levantei sua camisa para ver o ferimento e me assustei. O tiro tinha atingido o lado esquerdo da sua barriga e estava sangrando muito. Já o ferimento de Seungmin tinha sido no ombro.

— Eu já chamei por reforços, 'tá? Você e o Minnie vão ficar bem, eu te prometo.

— Eu... devia ter escutado você e me entregado.

— Não se esforça muito para falar, ok? Você está bem fraco. Precisa ter forças...

— Porra, Minho! Ele desmaiou! — Jeongin gritou. — Já chega, seus filhos da puta!

Yang levantou e andou até onde os outros tentavam desarmar os caras que seguravam Changbin e Hyunjin.

— Volta aqui, Jeongin!

— Eu vou estourar a cabeça de vocês se não largarem a porra das armas AGORA.

— Vocês não podem atirar em nós, estamos com o que querem.

— No momento tudo que eu quero é estourar a merda dos seus miolos. Quem foi o filho da puta que atirou no Seungmin? Se eu quiser atirar em vocês, arrisco dizer que eu não vou errar.

— Felix, fica quieto, 'tá? Não se mexe muito. Eu já volto.

red moon - hyunhoOnde histórias criam vida. Descubra agora