trinta e nove

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JEONGIN
point of view

— Mãe! — As duas viraram a cabeça para me olhar, vi meu padrasto rir de canto e sorri. — Esperem por nós, não podemos correr tanto assim.

Já faziam mais ou menos um ano e alguns meses desde os últimos acontecimentos mais "emocionantes" da minha vida. Minha mãe biológica estava cada vez melhor e minha tia-mãe estava muito feliz conosco próximo à si.

E eu? Bom, eu continuava bem ali esperando por ele, ou por nós. Mas no fundo, continuo assustado com medo de que ele não volte.

Olhei para o outro lado da rua, onde vi dois rostos e achei estar louco por serem extremamente parecidos à Seungmin e Changbin.

Quando fomos atravessar, eu percebi que era realmente ele. Por um lado, me senti mais vivo do que nunca. Já por outro, corri até os braços das minhas mães e me escondi.

Não queria que ele me visse, não do jeito que eu estava. Sabia que precisava deixá-lo seguir em frente e eu não iria conseguir fazer isso com ele olhando em meus olhos.

— Jeongin? O que está fazendo? — Hyogi questionou e eu bufei o mais alto que pude. Merda, ele tinha que falar meu nome em voz alta?

— Jeongin? — Travei assim que ouvi sua voz chamando meu nome.

— Ah, oi. Quanto tempo. — sorri minimamente, o sorriso mais forçado que eu já dei em toda a minha vida.

— Uau, você está diferente. — O que estava diferente em mim? Talvez meu cabelo?

— Bem, essa é a minha mãe Jihyo, minha tia/mãe Sana e meu pai Hyogi. Família, esses são Seungmin e Changbin.

— É um prazer conhecê-los pessoalmente, senhores. — Kim se curvou e Changbin fez o mesmo.

— Espera, Jeongin. — parei quando meu padrasto segurou meu braço. — Você me chamou de pai?

Hm. Eu chamei?

— É, você chamou! — Jihyo bateu palmas e eu continuei encarando os três em silêncio. Eu chamei ele de pai?

— O quê?

— Você acha que eu posso ser seu pai?

— Bem, acho que sim?

— Hm, estou notando um clima estranho aqui. — Minha mãe Sana pirrageou. — Changbin querido, o que acha de um cachorro quente? Estou vendo uma barraca bem ali.

— Eu adoraria.

— Então, vamos. Os quatro. Fiquem a vontade para conversar, meninos.

— Então... — comecei, não sabendo exatamente o que dizer. — Você ainda está bravo comigo? Quero dizer, eu sei que errei em mentir, mas quero que entenda que era o meu trabalho e que...

Seungmin andou até mim e me calou com um beijo, surpreso o suficiente para não ter nenhuma reação, ainda fiquei estático no mesmo lugar. Retribui o beijo, Kim deixou um selinho em meus lábios assim que se afastou e eu sorri.

— Não estou mais bravo. Agora que tenho você novamente em meus braços, não quero te perder nunca mais.

red moon - hyunhoOnde histórias criam vida. Descubra agora