Você é a estrela que transforma coisas normais em extraordinárias
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Cole negou com a cabeça.– Pretendo comunicar nasegunda-feira, quando ela chegar notrabalho. Mas preciso avisar queela tem pavor de pessoasdominadoras. Não sei o quantovocê sabe sobre o passado dela ede Brett. Eles cresceram noinferno, o pai deles era umexplorador cretino e comandouaquela casa com crueldade. Era otipo de dominação doentia, porquenenhum dominador de verdadeabusaria da esposa e dos filhos.Mas a Kylie não sabe a diferença etem medo de homens fortes. Vocêassustou a Lili quando entrou aqui,vi isso nos olhos dela apesar doesforço dela para se conter. Vi queela se recuperou rapidamente. Masacho importante você saber que suapresença deverá incomodarbastante a Kylie.– Eu não vou ser um cretino comela – declarou Jensen, com um tomdefensivo na voz.– Eu sei disso – falou Cole. – Euapenas pensei que você deveriasaber qual é a realidade dela. Não énada pessoal em relação a você,apenas tem a ver com a experiênciadela com os homens em geral. Elanão confia em ninguém. Brett protegeu e blindou a vida da irmãmesmo depois de adulta. Não sei seisso fez bem a ela, mas entendo omotivo, considerando o passadodeles. Só estou deixando claro queno início as coisas podem não serfáceis entre vocês dois. Gostariaque você fosse paciente ecompreensivo com ela.
Jensen balançou a cabeça, comuma expressão sombria.– A barra foi muito pesada?– A pior possível – respondeuCole, com calma. – A mãe dos doisnão aguentou e foi embora,deixando as crianças sem proteção,e o pai abusou horrivelmente dosdois. Kylie ficou com a pior parte,talvez porque fizesse o pai lembrar-se da esposa. Quem sabe? Brett nem sempre conseguiu proteger airmã, apesar do muito que tentou. Opai estuprava e agredia a menina otempo todo.– Que filho da puta – xingouJensen. – Não é à toa que ela temtanta prevenção em relação aoshomens. Não dá para culpá-la. Podedeixar que vou tomar cuidado comela. Não quero que ela tenha medode mim. Fico doente só de pensarque uma mulher tenha motivos deverdade para temer os homens,como é o caso dela.– Concordo – disse Cole. – Brett não podia dar o que Lili queria, a dominação, e ela o amavademais para pedir isso a ele. Masele sabia. E agora que ela tomou ainiciativa e quer o que eu posso dara ela, vou fazer o que for precisopara vê-la feliz novamente.– Boa sorte – falou Jensen, comsinceridade. – Ela é uma mulherótima. E você é um sortudo filho damãe.– Sei disso – respondeu Cole,sereno.Os dois estavam em silêncioquando Lili voltou para a salacarregando a bandeja de prata comas delícias que havia preparadoantes.Ela era um talento na cozinha.Quando ela e Brett recebiamconvidados, Lili sempre preparavatoda a comida, apesar da insistênciadele para que encomendasse oucomprasse pronto. Lili ria e diziaque não era necessário, pois elagostava de cozinhar. Cole ansiavapara vê-la preparando a comidapara ele, apesar dos planos demimá-la e de cozinhar para ela. Erauma tarefa que ambos podiam dividir. Ele gostava da ideia deestar na cozinha com ela. A cozinhadele. Queria que ela se acomodassee se sentisse em casa. Colocasse amarca dela naquele ambienteestéril. Ele mal podia esperar paraela iluminar a casa inteira etransformá-la na casa dela também.– Obrigado, Lili. Está delicioso– disse Jensen com entusiasmo,após provar dois aperitivos.– Começamos a conversar eacabei não preparando as bebidas –falou Cole, incomodado. – Vouresolver isso agora. Me dê a suataça de vinho, querida, pois vouencher a sua primeiro.– Deixe que eu pego – falou elaapressadamente. – Vocês doispodem continuar com a conversa,sei fazer bons drinques. O Brett me deu um livro e aí virou tarefaminha preparar qualquer bebidapara os nossos convidados. Podemconfiar. O que vocês gostariam debeber?Jenseu sorriu e lançou para Cole outro olhar firme antes de sussurrar:
– Sortudo filho da mãe. Cole sorriu e retribuiu o elogiosilencioso de Jensen com um acenoconvencido.– Surpreenda-me – disse Cole. –Prepare o que você escolher. Vouadorar o que você fizer para mim,prometo.– O mesmo vale para mim – falouJensen. – A única coisa de que nãogosto é de rum. O resto, qualquercoisa está ótimo.O sorriso de Lili foiimpressionante. Os olhos delabrilharam de satisfação, tomadospor uma timidez súbita. Cole conseguiu ver naquela cabecinha apreocupação com o melhor drinquea ser preparado. Ela não queriadecepcioná-lo. Será que não tinhapercebido ainda que não tinha comodesapontá-lo? Ela podia oferecerálcool puro, desde queacompanhado daquele sorriso, e elebeberia com prazer sem sequersentir o gosto.– Sentem-se, por favor, e fiquemà vontade – Lili disse, apontandopara as poltronas. – Volto logo comos drinques. Cole, as bebidas estãono bar ou você as guarda nacozinha?– No bar deve ter tudo do quevocê precisa – respondeu ele. – Sesentir falta de algo, me avise e vouprovidenciar para você. Lili o premiou com outro sorrisodeslumbrante e seguiu em direçãoao bar, que ficava na extremidadeesquerda da sala. Ele olhava paraela, incapaz de desviar o olhar. Asatisfação agarrou-o pela garganta,chegando até a alma.
– Cara, você tem mesmo muitasorte – Jensen murmurou. – Dá paraentender o seu envolvimento. Ela éuma joia.– Sim, ela é mesmo – disse Cole em voz baixa enquanto os dois seacomodavam. – Ela quis conhecervocê e sugeriu esse encontro dehoje. Fico pensando se ela acha omesmo de você e se ficou tãoencantada quanto você.Jensen sorriu.– Se ficou, não vou negar que vouachar ótimo.– Sou capaz de arrancar suasbolas – grunhiu Cole.Jensen riu e Lili olhou para osdois do lugar onde estavapreparando as bebidas, com umaexpressão confusa.Cole sorriu para ela e fez umgesto.– Conversa de rapazes, querida.Não queremos tirar a suaconcentração.– Sobre essa questão da Kylie –começou Jensen, retomando commais seriedade ao assunto inicialdo encontro. – Você acha que minhapresença pode criar que tipo deproblema?– Eu não posso responder isso –falou Cole, com honestidade. –Acho que, a princípio, ela nãoaceitaria bem nenhum sócio novo.Na cabeça dela, seria alguémocupando o lugar que era do irmão.Estava acostumada a trabalharcomigo e com Brett, mais comele, na verdade. Brett trouxe airmã assim que ela terminou afaculdade, uma medida de proteçãoporque ele a queria em algum lugarem que pudesse cuidar dela. Comoeu disse antes, não sei se isso fezbem a ela, mas também entendo queele quisesse protegê-la. Kylie é...frágil. Ainda carrega as cicatrizesemocionais dos abusos da infância.Brett estava determinado aprotegê-la de qualquer coisa navida adulta.
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Rendição
RomanceLili encontrou perfeição uma vez, e ela sabe que não vai encontrá-la novamente. Viúva, ela procura a única coisa que seu amado marido, Brett, não pôde dar a ela: dominação. Solitária e em busca de uma saída para seu luto, Lili encontra um clube excl...