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Cole carregou Lili escada acima, a impaciência correndo em suas veias. Ele continuou dizendo a si mesmo para ir devagar, não importava o que Lili tinha dito ou exigido: ele dominaria seus desejos, porque não queria estragar tudo. Não agora que o que ele mais queria estava em seus braços.
Gentilmente, a colocou sobre a cama e ficou de pé, olhando para aquele corpo maravilhoso.
Os olhos dela estavam entorpecidos e pesados de desejo. O cabelo se espalhara pelo travesseiro e pelo corpo dela. Deus, como era linda! Ela dissera que sofria e sentia muito tesão, mas Deus, ele também!
Seu pênis estava quase saindo da calça. Não ficaria surpreso se sua ereção rasgasse o jeans.
Tinha de ser paciente e cuidadoso, porque se não, assim que a tocasse e possuísse, gozaria violentamente e tudo estaria acabado em trinta segundos.
Queria que fosse perfeito. Queria provocar e atormentar Lili até que estivesse desesperada pelo clímax. Embora ela tenha dito para ele não se conter e exercer sua dominância, controle e autoridade sobre ela desde o início, Cole sabia que não poderia ser assim. Ainda não.
A primeira vez precisava ser perfeita. Seria generoso com seu amor. Queria fazer amor com ela. Teria muito tempo para trepadas sem sentido e cheias de transpiração; não, mesmo quando ele se permitisse perder aquele controle tão seguro, não seria trepar. Nunca seria algo tão bruto com Lili.
Quando fizessem amor, não importariam as circunstâncias, mesmo se ela estivesse amarrada e impotente, mesmo se ele espancasse suas belas nádegas até que estivessem roseadas, ainda assim seria algo lindo. Tão lindo quanto ela.
– Nem sei por onde começar – ele ofegou.
Ele estava sempre no controle. Seu comedimento era algo que nunca havia falhado. Tinha confiança em sua habilidade em agradar a mulher que estava com ele. Nunca falhava. Nunca hesitava. Mas agora? Parecia que estava fazendo amor pela primeira vez na vida, que era um destreinado rapaz virgem, sem ideia do que fazer com o deleite de mulher que estava deitada à sua frente.
Enquanto pensava assim, percebeu que, de fato, era a primeira vez para ele. Primeira vez que faria amor. Primeira vez que transaria também com suas emoções e seu coração, juntos.
Nunca estivera apaixonado pelas mulheres com quem ficara.
Desejou-as? Sim. Excitou-as? Decididamente. Mas seu coração nunca se envolvera tanto como agora, com Lili. Estava morrendo de medo de fazer alguma coisa errada. De tocá-la de forma errada. A pressão que estava colocando sobre si era imensa. Medo de falhar, de não tornar este momento o mais perfeito possível.
Era uma posição infernal. O desejo do seu coração estava ao alcance de suas mãos e estava morrendo de medo de mergulhar de cabeça.
Doce e carinhosa, Lili parecia saber exatamente o que ele estava pensando – sentindo.
Sorrindo, estendeu sua mão, como um convite para que ele viesse até ela.
– Está tudo bem, Cole – disse, o sorriso tão doce quanto sua pele sedosa. – Também estou nervosa. Mas vamos passar por isso, juntos. Confio que você vai fazer desta experiência algo lindo, perfeito. Como poderia ser diferente entre nós?
Ele soltou um gemido, bravo consigo mesmo por ter deixado sua incerteza transparecer. Que tipo de dominador ele era, se estava paralisado pelo medo de tocá-la?
Então, deitou-se, colocando seu peso sobre ela, mas se apoiou sobre os braços para não esmagá-la. Lili era pequena e delicada, parecia que podia quebrar, se manuseada de forma grosseira. Mas o que mais o preocupava não era o corpo dela, e sim seu coração, suas emoções. Não queria oprimi-la nem que sentisse medo dele. Nunca! Nem nada parecido com isso. Não iria suportar se ela o olhasse com medo em seus lindos olhos.
Apoiando-se em um só braço, Cole desenhou as linhas do rosto dela com a outra mão, gravando na memória cada segundo desta primeira vez. Era difícil entender que finalmente ela era dele, que estava na cama dele, nua, e que iriam fazer amor em alguns minutos.
Cole não queria que ela se sentisse oprimida, mas, de fato, era como ele estava se sentindo.
– Esperei tanto por isso – disse, sua voz quebrada pela emoção. – Por você.
Ela sorriu e virou a bochecha na direção de sua mão, para melhor sentir seu toque. Depois beijou sua mão, um gesto simples e doce que fez com que o coração dele derretesse no peito.
– Faça amor comigo, Cole – murmurou, seus olhos brilhando muito sob a luz suave do quarto, vivos pelo desejo.
Ele a beijou, sentindo o cheiro dela e o gosto dos seus lábios. Com a língua, lambeu a dela, explorando a boca.
Seu pênis estava tão duro que doía. Precisava eliminar a barreira entre eles. Queria seu corpo sobre o dela, sentir sua maciez e calor.
– Me dê um minuto para me livrar destas roupas – murmurou sobre seus lábios. – Não se mexa.
Ela sorriu novamente e se espreguiçou, levantando os braços acima da cabeça. Era um gesto de entrega. Seria intencional? Sinal de submissão?
Dash se despiu, quase rasgando as roupas pela pressa. Lili arregalou os olhos ao perceber sua ereção, livre de amarras. Ele olhou para baixo e estremeceu, entendendo a surpresa dela.
Nunca estivera tão duro em toda a sua vida! Seu pênis estava virado para cima, inchado e tão duro que dava para ver as veias. A cabeça estava quase roxa e o líquido já começava a sair.
Nem ousou se tocar. Tinha medo de gozar naquele instante.
– Você tem um corpo lindo, Cole – disse timidamente, enrubescendo.
Ele também sentiu-se corar, envergonhado com aquela inspeção. Nunca tinha se sentido tão constrangido a respeito de seu próprio corpo. Ele mantinha a forma, se cuidava. Não era normalmente modesto, mas era importante para ele que Lili gostasse de seu físico. Talvez isso fizesse dele fútil, mas queria a aprovação dela. Queria que o desejasse tanto quanto ele a desejava.
– Você que é linda – disse com sinceridade. – Tão linda que dói.
Lili arqueou seu corpo, em um convite silencioso. Ele não precisava de mais incentivos.
Foi rapidamente para a cama, sem pensar em dominação, em comandar ou colocá-la em posição de submissão. Esta noite tudo o que queria era tê-la. Selar o relacionamento que estava começando entre eles. A dominação – e a submissão dela – podiam vir depois.
– Abra as pernas, querida – disse com rouquidão. – Deixe-me ver esta linda boceta. Quero sentir seu gosto. Não vejo a hora de sentir seu gosto. Quero que goze em minha boca, na minha língua.
Ela estremeceu e ficou inteira arrepiada. Seus mamilos se endureceram, um convite para que ele a saboreasse.
Ele queria tudo. E antes que a noite acabasse, experimentaria cada pedaço daquela pele deliciosa. Não deixaria de explorar nenhuma parte. Saberia o que a agrada, que partes do seu corpo lhe davam prazer.
Cole também estava louco para que ela também sentisse seu gosto. A . Teria obediência completa e submissão. Mas hoje seria para ela: para saciar seus desejos e mostrar como era bom que pudessem estar juntos.
Com hesitação, ela abriu as pernas e ele pode ver sua parte mais feminina, molhada entre os lábios. Sentiu-se tomado por satisfação. Ela o desejava e estava bem excitada. Queria desesperadamente penetrar naquela doce boceta, sentir o calor dela o consumindo, agarrando-o. Mas reprimiu sua vontade.
Ao invés disso, se aproximou, rastejando pela cama entre as coxas entreabertas. Sem poder resistir, passou um dedo entre os lábios e gentilmente roçou seu clitóris, antes de fazer pequenos círculos naquela pequena abertura.
Lili rapidamente se arqueou, numa reação intensa e imediata, ofegante enquanto ele continuava a explorá-la com cuidado. Cole enfiou um dedo, quase sem tocar na entrada. Ela estava ensopada de desejo. Molhada. Poderia penetrá-la agora, com certeza estava pronta.
Mas ele queria que ela ficasse enlouquecida, completamente fora de si antes que ele levasse os dois além dos limites.
Feliz em pensar sobre a satisfação máxima dos dois, Lili continuou tocando-a, acariciando-a, trazendo-a próxima ao orgasmo. Quando ela começou a tremer, seu corpo todo ficou tenso e ele então se afastou, dando-lhe um momento para se acalmar.
– Cole...
Disse seu nome como se necessitasse, desesperada. Ele riu e beijou a parte de dentro das coxas dela, levemente raspando a pele com os dentes. Ela estremeceu novamente, já próxima ao orgasmo. Ele planejava ir devagar e saborear cada segundo desta experiência.
Usando os dedos para abrir seus lábios com gentileza, deixando-a ainda mais exposta, ele se abaixou e respirou fundo, absorvendo o cheiro dela. Um gemido baixo saiu de sua garganta.
Ele estava desesperado. Queria mergulhar, devorá-la com sua boca e depois com seu pau.
Seu saco doía com a necessidade de possuí-la. E então, um pensamento importuno apareceu, tirando dele a fantasia de transar intensamente a noite inteira. Outro gemido, desta vez de desalento, escapou de sua boca.
– O que foi, Cole?
A preocupação na pergunta fez com que ele levantasse a cabeça. Então suspirou, aborrecido consigo mesmo por não ter pensado nisso antes, nem ter cogitado. Esteve tão preocupado em conseguir o consentimento de Lili, tão focado no ato em si que nem pensara em protegê-la.
– Desculpe, querida. Deus, poderia chutar a mim mesmo! Não acredito que não pensei nisso antes. Nem cogitei em como vou proteger você.
Ela franziu a testa, confusa. Não entendia sobre o que ele estava falando.
– Anticoncepcional – Lili explicou gentilmente. – Tenho certeza de que você está saudável.
Não estou preocupado em pegar nada de você e você não precisa ter este medo de mim. Não é que eu queira usar camisinha. Que droga! Daria tudo para não precisar usar! Mas temos de pensar em gravidez. Se você preferir que eu use camisinha, eu vou usar, sem problemas. Você decide.
Lili enrubesceu, virando o rosto por um momento. Ele odiou ter estragado o momento.
Estavam tão compenetrados e pensar nisso agora era como um tapa no rosto, que decididamente mudava a atmosfera.
– Também não quero que use – disse gentilmente. – Não gosto delas. Brett... Nós usamos a princípio, quando começamos a ficar juntos, mas sou sensível e elas me fazem ficar... seca.
Claramente estava com vergonha pela intimidade desta conversa. Suas bochechas estavam vermelhas e ela não conseguia olhá-lo.
– Não quero fazer nada que a machuque – disse. – Quero que se sinta confortável. Se tivermos de esperar, vamos esperar. Não vou usar nada de que não goste.
– Estou segura – Lili disse. – Usava outros métodos quando Brett estava vivo. Ele não queria ter filhos. Não logo de cara e, como eu disse, camisinhas não eram uma opção. Nunca parei de me prevenir, mesmo depois que ele morreu. Talvez devesse. Não que eu pensasse que iria ter uma relação sexual com alguém. Mas era um hábito e nunca me ocorreu parar. Elas regulam minha menstruação e me sinto melhor. Antes de tomar a pílula, minha menstruação era difícil, irregular e nas semanas que estava menstruada me sentia péssima. Ficava de mau humor, sentia dores, cólicas e dores de cabeça terríveis. Por um tempo, precisei tomar analgésicos só para suportar melhor minha menstruação. Meu médico recomendou que eu tomasse a pílula mesmo antes de me casar com Brett, mas fiquei em dúvida porque temia não engravidar depois de parar. Li que leva um tempo bem longo para as mulheres engravidarem depois que param a pílula e eu queria muito ter filhos. Me entristecia o fato de Brett ser tão resistente, mas quando ficou óbvio que ele não iria mudar de ideia, não tive escolha nem argumentos para não tomar a pílula, especialmente quando camisinhas não eram mais uma opção.
– Entendo – Cole disse, aliviado. – E para você tudo bem ficar comigo sem proteção? Não há perigo da minha parte, querida. Posso mostrar meus exames médicos. Nunca transei com outra mulher sem camisinha, nem uma vez. E faço check-ups regularmente. Mas faz tempo que não fico com outra mulher.
Os olhos de Lili se abrandaram.
– Não precisa justificar seu histórico sexual para mim. Sim, tudo bem para mim que você não use camisinha. Confio em você. E você já sabe que não fiquei com nenhum outro homem depois de Brett.
Lili corou novamente e abaixou a cabeça.
– Ele foi meu primeiro homem. O único. Eu era virgem quando nos conhecemos. Quando ele descobriu, insistiu que esperássemos até o casamento. E já que nosso namoro foi um turbilhão, não precisamos esperar muito. Quis se casar comigo muito mais cedo. Por ele, teríamos nos casado semanas depois que nos conhecemos. Fui eu quem insistiu em esperar. Queria que ele tivesse certeza.
– E você, não?
– Eu tinha certeza sobre ele – Lili respondeu, calmamente. – Sabia que era ele. Eu o amava, me apaixonei por ele desde o começo. Mas queria que ele tivesse certeza. Não queria que nos apressássemos em casar enquanto ele não tivesse certeza absoluta de que eu era a pessoa que o faria feliz. E eu queria fazê-lo feliz. Ele teve uma infância tão dura. Ele merecia ser feliz!
O coração de Cole estava sobressaltado, tomado de amor por aquela mulher tão especial e generosa. Muitas teriam aproveitado a oportunidade de se casar com Brett Breckenridge:
rico, bonito, bem-sucedido. Adorava mimar Lili e o fizera sem pudor. Desde o início. Sim, Cole tinha ficado com um pé atrás por causa da rapidez com que o relacionamento de Brett e Lili tinha se desenvolvido. Brett era seu melhor amigo e não queria que se machucasse.
Como Lili, ele conhecia bem o passado, sua infância e adolescência horríveis.
Mas o pé atrás sumiu no momento em que ele vira quão terrivelmente leal e dedicada Lili era em relação a Brett. Ela não tinha nada de mercenária. Insistira em continuar trabalhando como enfermeira, embora Brett quisesse que ela parasse quando começaram a namorar.
Lili insistiu, porém, porque não queria que pensassem que ela estava com ele por causa do dinheiro. Só um ano depois do casamento é que Brett a convenceu. E o fez, dizendo que queria tê-la só para si, para que pudessem viajar juntos nas inúmeras viagens de negócios que fazia. Quando Lili estava trabalhando, ficava presa, não podia simplesmente faltar no trabalho quando bem entendesse.
Isso frustrou Brett, porque ele queria Lili com ele o tempo todo. Insistiu, então, que ela parasse de trabalhar para ficarem sempre juntos.
Cole tinha ficado preocupado que Lili não se sentiria feliz sem trabalhar. Ela tinha o dom natural nessa área médica. Sua especialidade era pediatria e, antes de se casar, tinha pensado em voltar para a faculdade para se especializar ainda mais.
Tudo isso mudou no momento em que Brett apareceu em sua vida. Se ela se arrependia?
Será que pensava em terminar seus estudos e voltar a trabalhar? Era algo que discutiria com ela mais tarde. Neste momento, queria refazer o clima que tinha sido quebrado com aquela tola pergunta.
– Você merece ser feliz de novo – Cole disse carinhosamente. – E gostaria muito de ser responsável por isso. Se me der uma chance, Lili, farei você sorrir de novo.
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Rendição
Storie d'amoreLili encontrou perfeição uma vez, e ela sabe que não vai encontrá-la novamente. Viúva, ela procura a única coisa que seu amado marido, Brett, não pôde dar a ela: dominação. Solitária e em busca de uma saída para seu luto, Lili encontra um clube excl...