Olha quem apareceu ❤️
****************************************Não deveria tê-la levado para casa ou deixado sozinha depois de tudo o que aconteceu. Lili deveria ter ficado com ele, bem perto, sem tempo ou espaço para mudar de ideia ou desistir do que, ele sabia, ela já tinha aceitado.
Cole segurou firmemente sua nuca, enquanto servia outra xícara de café e olhava para a mesa onde estiveram juntos. Nessa cozinha onde nenhuma outra mulher havia pisado, muito menos para tomar café da manhã.
Ele gostava dos sinais dela na casa e no espaço dele. Da lembrança dela, entrando na cozinha usando sua camiseta, os lindos olhos ainda cheios de sono.
Ele não queria que Lili fosse embora. Não depois que tinha tomado uma atitude para que ela fosse dele. Mas era o certo a se fazer.
Você teve de deixá-la ir para ver se ela volta.
Cole balançou a cabeça com o absurdo dos seus pensamentos. Não era típico dele repetir nem tolerar bobagem psicológica sentimentaloide, do tipo "se ama alguém, deixe-o livre".
Ele acreditava mais em "se ama alguém, nunca a deixe partir". Mesmo assim, tinha permitido que Lili se fosse. Ele a levara para casa de carro e, com muita educação, tinha dito que se veriam logo. E então a beijara, não como queria. Ela parecia tão frágil, tão perto de desmoronar que seu beijo fora de consolo e confiança e não o de um homem consumido de paixão pela mulher em seus braços.
Quando seu celular tocou, ele se lembrou de que estava esperando uma ligação importante hoje. Praguejou, porque sua cabeça não estava nos negócios. Conseguir um sócio novo, embora necessário, não era o ideal no momento. Ele tinha planejado aliviar para Lili aos poucos, mas tudo tinha mudado. Será que isso colocaria uma barreira entre eles, agora que finalmente ela o via como mais do que um amigo?
Cole pegou o telefone e foi até o escritório, sua mente concentrada na tarefa à frente. Tinha de esquecer Lili por enquanto, pelo menos até que resolvesse este assunto. E depois? Depois tentaria uma tática mais agressiva. Também sentia falta de Brett, mas seu melhor amigo e sócio tinha morrido. Estava na hora de pensar nos seus interesses ao invés de deixá-los de lado, como fizera nos últimos seis anos.
A consultoria que ele e Brett montaram era uma empresa de sucesso, procurada por várias corporações quando precisavam diminuir ou cortar gastos. A maioria dos contratos vinha das inúmeras companhias de petróleo na região de Houston, mas eles também atendiam outras grandes corporações e mesmo algumas empresas menores.
A habilidade natural de Brett com as pessoas e a mente analítica de Cole foram uma combinação de sucesso. Os dois trabalharam em conjunto: Brett na linha de frente, conquistando e levando clientes em potencial para jantar, e Cole nos bastidores, analisando e redigindo as propostas que Brett mais tarde apresentaria.
Só que agora Cole tinha sido forçado a atuar também na linha de frente. Trazendo Jensen, Cole assumiria as responsabilidades de Brett e Jensen lidaria com os detalhes dos bastidores.
- Cole Sprouse - disse ao atender o telefone assim que entrou no escritório de sua casa.
Fechou a porta e abriu o notebook que estava na escrivaninha, enquanto ouvia as palavras de Jensen Tucker.
- Fico feliz que tenha ligado - Cole respondeu. - Temos muito o que discutir. Teve tempo de olhar os documentos que mandei?
Cole conhecera Jensen Tucker anos atrás, quando, ainda com Brett, fizeram um negócio juntos. O respeito que sentira por ele era tanto que, naquela época, achou que seria o sócio perfeito quando chegasse a hora de expandir os negócios com Brett. Isso antes da morte dele.
Cole acabou deixando esses planos de lado e manteve o negócio funcionando porque queria se certificar de que Lili e Kylie ficariam bem financeiramente. Kylie era uma gerente excelente, mas perder Brett tinha sido duro para ela. Ele quis que ela se afastasse um pouco do trabalho, tirasse umas semanas de folga para lidar com o luto e o choque de perder seu irmão, mas ela insistiu em continuar. Ela precisava de algo para se distrair, para ocupar seu tempo, mas Cole sabia que isso era temporário. Não tinha certeza se ela realmente tinha superado o luto e aceitado a morte do irmão.
Nem Lili nem Kylie iriam gostar muito de saber que Cole estava arrumando um substituto para Brett, mas talvez Lili fosse mais compreensiva. Kylie, por outro lado, era quem teria de trabalhar com o novo sócio.
Os dois discutiram suas ideias, Jensen deu vários palpites que Cole achou bem pertinentes.
Já haviam se encontrado muitas outras vezes. Faltava só Jensen aceitar formalmente e os dois negócios se tornariam um só.
A Breckenridge e Sprouse passaria a chamar Sprouse e Associados, o que dava margem para uma expansão maior, se eles resolvessem assim.
Jensen não era tão arrogante a ponto de exigir seu próprio nome ou crédito no nome da empresa, apesar de Cole não ver problema se ele assim quisesse. O novo sócio acabou ficando satisfeito com o nome escolhido e com sua função nos bastidores.
Se no passado Brett era a cara da empresa e Cole resolvia os problemas da retaguarda, Cole agora assumia a linha de frente, deixando que Jensen fizesse o trabalho mais braçal.
Ele não tinha planejado isso para ficar mais tempo com Lili e menos no trabalho. Afinal, nem imaginara que tomaria uma atitude assim tão rápido. Mas a hora era perfeita porque, a seu ver, seu relacionamento com Lili vinha em primeiro lugar agora que ela era dele, do jeito que ele sempre quis.
Os dois homens conversaram mais alguns minutos, confirmando o que Cole já sabia: Jensen tinha aceitado. Só faltava ele vir até a empresa e Cole anunciar a sociedade.
- Só mais uma coisa - Cole disse no final da conversa.
- Pode falar.
- Preciso de tempo, alguns dias, antes de tornar pública a nossa sociedade. Quero eu mesmo contar para a Lili e a Kylie.
Houve uma pausa.
- Elas se opõem à minha presença?
Cole sentiu um pouco de desconfiança e irritação na voz de Jensen; este podia achar que Cole estava tomando uma decisão de negócios baseada na emoção. Mas Cole não era insensível.
- Elas não sabem sobre você - disse. - E quero que saibam por mim, por mais ninguém.
- Acha que vão causar problemas?
- Não - Cole respondeu, com economia de palavras.
- Posso esperar alguns dias. Só isso.
- É tudo que preciso. Nos encontramos na segunda-feira. No meu escritório.
Jensen concordou e desligou, deixando Cole pensativo, em silêncio, sentado em sua mesa.
Ele já tinha dito a Jensen que as mulheres não causariam problema. E não causariam mesmo, simplesmente porque não tinham escolha. Brett havia deixado dinheiro suficiente para sustentar Lili financeiramente pelo resto de sua vida, mas o negócio estava nas mãos de Cole.
Lili não tinha poder de decisão. Ela teria de aceitar o que quer que Cole resolvesse. Kylie também. Não precisavam gostar daquela decisão, mas Cole também não queria que isso os separasse. Nenhum deles.
Quando finalmente saiu do escritório e foi até a cozinha, ouviu o barulho de um veículo do lado de fora. Estranhou, pois não esperava companhia, e foi até a janela que dava para a entrada.
Surpreso, viu que era o carro de Lili, mas ela não desceu. Ficou sentada no carro, suas mãos agarrando a direção.
Sentindo apreensão pelo corpo todo, Cole saiu pela porta da frente. Quando Lili o viu, abriu a porta do carro e desceu.
Mesmo a distância, era óbvio que estava aborrecida. Pálida, seus olhos pareciam enormes e tristes. E quando se olharam, Cole sentiu medo.
Fora um tolo por insistir tanto com ela, tão cedo. Era o fim. Ela tinha vindo dizer que... não.
E desta vez, fugiria e continuaria fugindo. Talvez nunca mais a visse, e ele simplesmente não poderia aceitar isso.
Ele a havia perdido antes mesmo de ter uma chance com ela.
Lili parecia desesperadamente infeliz. Seus olhos estavam tristes e isso era a última coisa que queria para ela. Doía demais saber que ele era a razão daquela tristeza.
- Lili- ele começou.
Para sua surpresa, no momento em que ouviu seu nome, ela correu e se jogou em seus braços. Cole a abraçou para que não caísse. Para que ambos não caíssem. E saboreou o calor dela, a maciez do seu corpo tão doce contra o seu.
Fechou os olhos por um momento e cheirou seus cabelos, imaginando se isso era um adeus.
- Cole- disse ela, em meio a soluços.
- O que foi, querida? Por que está tão triste?
Ele acariciou seus cabelos, prendendo parte deles atrás da orelha dela, enquanto a afastava para poder olhar em seus olhos.
- Eu estava indo para o cemitério - falou de uma vez. - Para explicar para Brett, pedir sua benção ou talvez fazê-lo entender. Parece uma bobagem, eu sei.
Cole balançou sua cabeça devagar.
- Não é bobagem, querida. Ele era seu marido e você o amava muito. É natural que quisesse compartilhar com ele este tipo de coisa.
Ela fechou os olhos, enquanto uma lágrima corria pelo rosto. Aquela única lágrima quase o partia em dois. Ele não queria que ela ficasse nem mais um minuto triste. Ele a queria feliz.
Mesmo se fosse sem ele.
- Eu não fui - ela explicou. - Não consegui. Prometi a ele, e a mim mesma, que não voltaria mais lá. Não é como quero me lembrar dele. Não posso mais voltar lá. Dói demais.
- E ao invés disso, veio aqui. Por quê? - perguntou, temendo a resposta.
Ela o olhou, emoção turvando aqueles olhos lindos e cheios de lágrimas. Estava extremamente triste e ele praguejou contra si mesmo, porque não queria isso de jeito nenhum.
- Porque eu tenho de tentar - ela murmurou. - Não vou saber a menos que eu... nós tentemos.
Cole relaxou, a sensação de alívio tomando conta dele. Seus joelhos tremeram e ele procurou se equilibrar, ou ambos cairiam no chão.
Então a abraçou, segurando-a, saboreando seu toque e cheiro. Beijou o topo da sua cabeça e fechou os olhos, agradecendo em silêncio por ela não ter desistido, por ter tido coragem de dar a eles uma chance.
Era tudo o que queria. Se conseguisse isso, nunca mais pediria outra coisa em sua vida.
- Lili, olhe para mim, meu anjo - disse gentilmente, se afastando o suficiente para que pudesse levantar a cabeça dela e pudessem se olhar.
- Se isso a faz tão infeliz, então tem de saber que não quero isso de você. Tudo o que quero é que seja feliz. Nós dois. De preferência, juntos.
- Só vou saber se você, e isso tudo, vai me fazer feliz se eu tentar - respondeu baixinho.
Umedeceu seus lábios, o nervosismo evidente em seu rosto. - Eu realmente quero tentar, Cole. Mas você tem de prometer que vai ser paciente comigo. Não sei o que fazer. Não sei como agir ou reagir. Não tenho um manual. Nunca imaginei que isso fosse acontecer.
Ele acariciou seu rosto, enxugando os últimos traços de lágrimas.
- Temos todo o tempo do mundo, Lili. Não há pressa, nem impaciência. Me dê sua confiança, sua submissão. Farei de tudo para garantir que nunca se arrependerá.
Os olhos expressivos dela brilharam com uma luz repentina. As pupilas cintilavam e ele viu desejo naquele poço profundo. Pedir a submissão dela tinha estimulado a imaginação de Lili, feito com que se lembrasse do que queria.
- O que faremos agora? - ela perguntou num sussurro.
- Por enquanto, vamos entrar. Vou preparar um café. Só o que quero é me sentar um pouco com você e, então, podemos conversar, ou simplesmente ficar falando sobre nós. Marcaremos um encontro. Quero ir devagar, Lili. Isso é importante demais para fazer tudo com pressa.
Esperei muito e esperarei muito mais, se for preciso.
- Acho uma boa ideia - ela murmurou, seus olhos mais animados.
Ele viu que Lili tinha aceitado. Não apenas o que ele estava propondo, mas que os dois juntos, como um casal, era algo inevitável. Procurou cuidadosamente algum sinal de hesitação, medo ou incerteza. Mas o olhar dela se manteve firme até que ele se convenceu de que isso era o que ela queria de verdade. Uma chance. A chance de tê-la.
Ele se sentiu quase perdido com o que isso significava. Lili nos seus braços. Na cama dele.
Dele.
- Há outras coisas de que preciso falar com você - disse, lembrando-se da conversa que teve com Jensen, alguns minutos antes.
Ela inclinou a cabeça, claramente percebendo a mudança no seu humor.
- O que foi? Há algo errado?
Ele segurou a mão dela e a levou para dentro de casa.
- Não, está tudo certo. É apenas uma coisa que queria que soubesse por mim.
Lili ficou tensa, mas continuou em silêncio enquanto ele a levava para a cozinha, onde estava a garrafa com o café que tomaram de manhã.
Ele encheu duas xícaras e esquentou no micro-ondas, antes de voltar para onde ela estava, oferecendo uma delas.
- Vamos para a sala, lá é mais confortável - sugeriu.
Cole a fez sentar no sofá e escolheu para si a poltrona que ficava na diagonal, embora o que realmente queria era segurá-la em seus braços. Bem apertado. O corpo dela aquecendo o seu.
Ele tomou um gole de café, pensando em qual problema iria abordar primeiro. O relacionamento deles? Ou possivelmente devastá-la com a notícia de que estava substituindo Brett?
Estremeceu e decidiu postergar a notícia sobre Jensen até que tivessem resolvido seu relacionamento.
- Sei que precisou processar muita coisa, justo no aniversário da morte de Brett - começou. - Preciso que entenda que não foi assim que planejei. Você me obrigou a isso, quando a vi no The House. Sim, queria muito tomar uma atitude. Muito em breve, mas não no dia da morte do seu marido: não era o que eu tinha em mente.
- Entendo - ela respondeu baixinho. - Me desculpe, Cole. Não me lembro se já disse isso, mas sinto muito de verdade pela forma como isso aconteceu. Por ter acontecido. Você precisa saber que ser vista por você no The House não foi um dos melhores momentos da minha vida.
Fiquei... envergonhada. Certamente não era assim que eu queria que você soubesse.
- Você não ia me contar de jeito nenhum - ele falou rispidamente.
Lili fez uma careta e balançou a cabeça, lentamente.
- Não, mas como poderia? Você era o melhor amigo de Brett. Achei que continuaria leal a ele. Imaginei que, se você soubesse, não aprovaria. E não iria suportar. Não poderia perder você. Não por causa de algo tão...
Ela ficou reticente, claramente sem saber como descrever seus desejos e necessidades.
Cole se inclinou para frente, mantendo o olhar fixo nela.
- Em primeiro lugar, espero que tenha superado esse medo. Em segundo, seus desejos não são sem sentido, são quem você é. Fazem de você quem você é e não pode mudar isso. Não por mim, nem por ninguém. Não deveria. Entendo por que tenha reprimido esta parte sua enquanto esteve casada com o Brett. De verdade. Mas, querida, ele morreu. Você disse até de uma forma melhor: ele não vai voltar e não há razão para continuar negando seus desejos e necessidades, quem você é, o que você é. Mesmo se eu não fosse quem sou, nunca exigiria de você outra coisa que não ser você mesma e o que você quer ser. Mas, como compartilhamos as mesmas necessidades e os mesmos desejos, espero que possamos construir um caminho no futuro e descobrir um novo mundo... juntos.
Ela engoliu em seco e se recostou no sofá, passando a mão nos cabelos sedosos.
- E agora, o que vai acontecer? Estava sendo sincera quando disse que não tenho um norte.
Agora que cheguei até aqui, que admiti para mim mesma e para você o que quero e preciso, o que faremos?
Ele sorriu e, por não suportar mais a distância entre eles, se levantou e se ajeitou no sofá ao lado dela. Agora que podia, sentia compulsão em tocá-la. Depois de tanto tempo mantendo gestos neutros entre si, a porta havia finalmente se aberto. Estavam embarcando numa viagem sem volta.
Mesmo que as coisas não dessem certo entre eles num futuro distante, nunca mais teriam aquela amizade descontraída que mantiveram por anos. Uma parte de Cole queria isso de todo coração, enquanto a outra temia um dano permanente, um rombo que nunca mais pudesse ser consertado.
Era um risco que estava disposto a correr, mesmo se precisasse de muita cautela. Por natureza, ele era prudente. Só aceitava correr riscos nos negócios. Sua vida pessoal era cuidadosamente ordeira, mantida com firmeza. Sua dominação se manifestava sozinha e ele sempre reprimira emoções e ações. Exceto quando o assunto era Lili. Ela trazia à tona um outro lado dele que ninguém experimentara ou vira.
Ela o fazia querer jogar a cautela ao vento e se divertir na tempestade.
Achara que Lili não aceitaria isso dele, sem imaginar que, na verdade, era o que ela mais queria. Cole tinha até cogitado reprimir suas tendências naturais para ter uma chance com ela, mas nunca sonhara que ela não apenas as aceitava - assim como a ele também - como também estava procurando por isso.
Não sabia se isso fazia dele o cara mais sortudo do mundo ou o mais estúpido. Só o tempo - e Lili- diriam.
Se tivesse uma janela para ver o futuro! Só para dar uma espiada e ver se esta história floresceria e amadureceria. Então ficaria claro se estava fazendo a escolha certa para os dois.
Mas, não, não dava para ver o futuro. Só o aqui e o agora, além dos seus instintos e desejos do coração como guia. Ele só rezava para ter sabedoria para distinguir entre o que mais queria e o que ela queria e precisava de verdade.
Desejo e frustração claramente podiam alterar a percepção de um homem. Eram emoções com que estava acostumado desde que vira Lili pela primeira vez. Ele a quis e precisou dela com todo seu coração, mesmo sabendo que ela nunca seria sua, que pertencia a outro homem.
Seu melhor amigo.
O destino, aquele filho da mãe, estava finalmente sorrindo para ele. Só esperava que ele não risse por último.
Ele puxou Lili para seus braços e se recostou no sofá, enquanto ela se aninhava em seu colo, moldando seu corpo, seus cabelos fazendo cócegas em seu queixo. E o perfume dela!
Deus, que cheiro bom! Era uma tortura sem fim. Ela estava aqui, na sala dele, nos braços dele, perguntando o que aconteceria a seguir. Tudo o que precisava fazer era agir. Fechar os olhos e se lançar.
- Como disse antes, não quero ser demais para você, querida - ele murmurou, tentando organizar seus pensamentos. - Então é importante irmos devagar. A última coisa que quero é assustá-la ou machucá-la. Mas estou cansado de esperar. Eu a quis por tanto tempo e agora que está aqui, sem pé atrás, estou pronto para seguir em frente.
Ela passou a mão no peito dele, parando bem sobre o coração. Cole pegou os dedos dela, beijando as pontas de cada um, deleitando-se com a maneira como ela estremecia.
Sua reação era suscetível, expressiva. Meu Deus, como ela seria na cama? Na cama dele.
Seu pênis ganhou vida e cresceu em sua calça jeans. O que antes era uma posição confortável, agora era uma tortura, seu corpo berrando por libertação.
- Você não vai me machucar ou assustar - Lili falou baixinho. - Não se preocupe. Conheço e confio em você.
Ele respirou fundo, porque sentia que havia mais coisa naquela frase além de simples palavras. Um pedido?
- O que está dizendo, querida? Seja sincera comigo. O que está tentando me dizer?
Ela se endireitou, levantando seu corpo de modo que pudesse olhar em seus olhos. Seus cabelos escuros, em contraste com os olhos azuis-safira, caiam até o peito dele e a vontade de tocá-los até doía, assim como de beijá-la, até que nenhum dos dois pudesse mais respirar.
Ela umedeceu os lábios e mordiscou delicadamente o lábio inferior, um sinal de nervosismo. Mas seus olhos mostravam sinceridade, enquanto o encarava.
- Sei que quer ir devagar, sem pressa para não errar. Mas não quero esperar. Quero sentir.
Quero viver novamente, me sentir uma mulher de novo. Tenho estado muito só e... fria - ela murmurou. - Muito fria, faz muito tempo. Quero lembrar como é sentir paixão. Como é quando um homem faz amor comigo, quando me toca. E não quero que você me pergunte. Parece bobagem? Quero que você... controle. Quero apenas que você faça o que quiser fazer. Quero que tome as decisões por nós dois.
Ele parou de respirar. Seu coração batia tão forte que ele se surpreendeu que ninguém pudesse ouvi-lo. O sangue corria em suas veias com tanta força que sua cabeça estava leve.
Ela estava dando tudo o que ele sempre sonhou de bandeja: confiança. Submissão. Ela, apenas.
Ele segurou seu rosto, acariciando sua pele de bebê com o polegar.
- É bom que você tenha certeza do que está pedindo, Lili. Muita certeza. Porque eu quero.
Quero tudo isso. E vou pegar para mim. Mas você tem de ter certeza absoluta de que está preparada para a realidade.
Ela estremeceu, arrepios correndo em seus braços e ombros.
- Tenho certeza - sussurrou****************************************
Comentem bastante
Até mais tarde 😘😙
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Rendição
RomanceLili encontrou perfeição uma vez, e ela sabe que não vai encontrá-la novamente. Viúva, ela procura a única coisa que seu amado marido, Brett, não pôde dar a ela: dominação. Solitária e em busca de uma saída para seu luto, Lili encontra um clube excl...