Capítulo 18

82 8 1
                                    

Dessa vez cumprir com o que eu prometi kkkk
Voltei

***********************************************************************************************


Ele encostou a sua testa na dela, acariciando seus cabelos com uma das mãos.– Sinto muito por tudo isso, querida, você nunca vai saber o quanto eu realmente sinto. Mas eu estava em uma situação impossível, e ter de ver você ao lado de Brett, os dois esfuziantes de tanta felicidade, era como levar um soco no estômago o tempo todo. Mas quero que você saiba, preciso que você saiba disso: eu nunca desejei nada de mal para ele. A perda dele me feriu muito e, se eu pudesse trazê-lo de volta, eu deixaria você ir com ele sem pestanejar, mesmo que isso me custasse minha própria vida. Os olhos de Lili ficaram cheios de lágrimas. Ela piscou com intensidade, determinada a não deixá-las cair.– Obrigada por isso – ela sussurrou. – Significa muito para mim saber que você se importava tanto assim com ele. Ele amava você, você sabe disso. Brett nunca teve uma família, apenas a Kylie. Você e sua família significavam muito para ele.– Eu vou lamentar a morte dele pelo resto da minha vida, mas, querida, você precisa saber que, ao mesmo tempo, eu não me arrependo desta oportunidade que estou tendo agora com você. Eu faria qualquer coisa para tê-lo de volta, mas não posso dizer que lamento ter você na minha cama e na minha vida. Lili sorriu. Era um sorriso vacilante e seus lábios tremiam como esforço. Cole beijou cada canto de sua boca para acalmar aqueles lábios.– Eu também não lamento – falou ela, em voz baixa. – Quero ver até onde isso vai nos levar, Cole. E eu estou disposta a correr os riscos. O som da campainha interrompeu a intimidade que os cercava, que parecia envolvê-los como um nevoeiro. Ele a beijou mais uma vez e depois ajeitou o cabelo dela, que estava suavemente revolto. Lili rapidamente passou os dedos pelos cachos enquanto se levantava. Cole acariciou o rosto dela.– Você está linda, querida, como sempre. Pode ficar aí que eu vou abrir a porta para o Jensen. Lili acomodou-se na extremidade do sofá enquanto Cole se afastou para atender a porta. Ela respirou fundo algumas vezes, amaldiçoando aquele repentino descontrole nervoso. Jensen era apenas um novo sócio e a opinião dele sobre ela não importava. Seu objetivo nesse encontro era apenas matar a curiosidade de conhecer o homem que iria ocupar a vaga deixada por Brett. Logo em seguida, Cole voltou acompanhado de Jensen Tucker. Lili prendeu a respiração assim que olhou para o homem que Cole trazia como parceiro. Se ela havia achado que Cole tinha sido intimidante para ela quando o conheceu, Jensen Tucker simplesmente a apavorou. Tinha a aparência intensa, contida, totalmente objetiva e incrivelmente assustadora. A pele era bronzeada, combinando com os cabelos e olhos castanhos, como se ele passasse muito tempo no sol. Tinha uma aparência robusta, com algo de militar ou policial. Ela se perguntou rapidamente qual poderia ter sido o passado de Jensen e se ela estava certa na sua avaliação, só podia ter sido um guerreiro. Kylie provavelmente iria se esconder embaixo da mesa assim que colocasse os olhos em Jensen. Lili sentia pena de Kylie porque sabia que a garota temia homens fortes e dominadores, exatamente do tipo de Jensen Tucker. Quando Cole parou diante de Lili, estendeu a mão para ajudá-la a se erguer. Ela se levantou com suavidade, mas seu coração batia forte quando olhou para Jensen. O recém-chegado sorriu para ela, um sorriso gentil capaz de suavizar, e muito, o rosto inteiro dele. Era como se ele soubesse que a intimidava e estivesse tomando medidas para não assustá-la demais.
Ela sufocou o nó na garganta e estendeu a mão.– Olá, sou a Lili Reinhart –falou, em voz baixa. – Cole já me falou bastante sobre você. Estou muito feliz em conhecê-lo. A mão de Jensen fechou-se sobrea dela, firme e decidida, como era claramente o estilo dele. A surpresa veio quando ele puxou o braço de Lili, o aproximou da boca e deu um suave beijo no dorso da mão dela. Ele apertou mais uma vez a mão de Lili antes de soltá-la. Cole em seguida pegou a mão de Lili e puxou a garota para perto dele, como se quisesse declarar abertamente a sua posse. Mas Lili não se incomodou com o gesto, pois seu coração saltava só de pensar que aquilo podia ser uma demonstração pública de que ela pertencia a ele.– Estou feliz por conhecer você, Lili. As fotos não foram honestas: você é muito mais bonita pessoalmente. Ela hesitou, surpresa, se perguntando onde ele teria visto fotos dela. Pensou em perguntar isso depois para Cole. Ficou aliviada pelo fato de Jensen não citar Brett nenhuma vez – nenhum "sinto muito", nenhuma desculpa por entrar no lugar da empresa que fora ocupado pelo marido falecido. Ele não fez uma menção sequer, ao contrário do que Lili temia. Se fizesse, estragaria a noite. Satisfeita por achar que tudo estava acontecendo da melhor maneira possível, Lili voltou sua atenção para os dois homens, lembrando-se de seus deveres como anfitriã. Embora fizesse tempo que ela não assumia esse papel, desde que se casara com Brett o casal havia recebido convidados com frequência. Lili tinha uma natureza tímida e precisou de muito esforço para superar essa barreira e agir deforma aberta e amigável com estranhos. Mas com o tempo (e como incentivo de Brett), havia conquistado boa habilidade para as situações sociais.– O que vocês gostariam de beber? – perguntou. – Por favor, fiquem à vontade. Vou pegar uns aperitivos na cozinha. Vou trazer para cá junto com as bebidas.– Você não precisa nos servir, querida – disse Cole, com um brilho de aprovação no olhar. –Que tal buscar a bandeja com os aperitivos enquanto eu preparo os drinques para mim e para Jensen? Quer mais vinho?

Ela sorriu.– Sim, obrigada. Volto já. Cole a observou enquanto ela se afastava, notando que os saltos que ela usava acentuavam as pernas bem torneadas. Jensen também notou e olhou para Cole, com brilho nos olhos.– Dá para entender por que você foi tão rápido – falou Jensen, baixinho. – Ela é o tipo de mulher que um homem faria qualquer coisa para ter.– Sim – respondeu Cole, rapidamente. – E já tem dono, acho que não custa reforçar isso. Jensen riu.– Não precisa ficar nervoso. Eu procuro qualidades bem específicas nas mulheres com quem gosto de ficar. Não são muitas as que concordam com o que eu quero e duvido que Lili aceitaria. Curioso, Cole ergueu a sobrancelha enquanto observada Jensen. Estavam entrando em um terreno íntimo, um espaço sobre o qual nunca haviam falado. O relacionamento entre eles tinha sido estritamente profissional, mas, seriam se tornar sócios, em algum momento teriam de saber mais um sobre o outro.– Dá para explicar melhor? Acho que não entendi muito bem –devolveu Cole. A expressão de Jensen era indecifrável.– Estou falando de submissão. Exijo submissão absoluta das mulheres que estão comigo. –Moveu os ombros discretamente. –E não existem muitas mulheres dispostas a dar controle absoluto a um homem. Cole pareceu não se surpreender nem um pouco: Jensen era um canalha. Ele já esperava que os dois tivessem mais em comum do que apenas interesses profissionais, mas eles nunca haviam falado nada sobre vida pessoal.– Pois eu acho que Lili pode surpreendê-lo nesse aspecto –afirmou Cole, secamente. – Não que eu queira que você a teste para descobrir, porque ela é minha.– Aparentemente, temos mais coisas em comum do que eu pensava – falou Jensen. – E se eu entendi o que você está dizendo, então você realmente é um sortudo de marca maior. Pena que você chegou antes. Se além de bonita e inteligente ela também for submissa, só posso lamentar por tê-la conhecido tarde demais.– É o que aconteceu comigo –interrompeu Cole. – Na primeira vez, eu cheguei tarde demais, mas o destino me deu outra chance e eu não pretendo desperdiçar. Havia entendimento nos olhos de Jensen.– Então você já sentia algo por ela quando ela era casada... E como seu melhor amigo. Deve ter sido muito ruim.– Dá para imaginar, né? Um olhar pensativo tomou contado rosto de Jensen.– Como você sabe, sou bastante novo na área. Quando nos conhecemos, eu estava vindo para Houston em viagens de negócios. Mas agora estou por aqui e não tive tempo de explorar as oportunidades. Tem algum clube aqui? Você conhece algum lugar nesta área?– Conheço. Tem um clube bom, muito seleto. Chama-se The House. O dono é o Damon Roche, que também administra o local. Ele é um rico safado que atende a uma clientela de alto nível. Está meio afastado nos últimos meses. Ele é casado e tem uma filha que ocupa a maior parte do tempo dele, mas ainda toma conta do negócio. Eu posso passar o contato dele e falar de você para ele. Damon faz um estudo cuidadoso dos antecedentes antes de aceitar um novo membro, por isso o local é seguro e bem organizado. Acho que você iria gostar. Tem de tudo para todos os gostos sexuais e lá não faltam mulheres submissas em busca do que você tem a oferecer.– Obrigado. Acho que vou aceitar sua indicação.
– Peço apenas um favor, já que vamos trabalhar juntos. Não espero que você fique me contando suas idas e vindas, claro, mas, como pretendo levar Lili algumas vezes lá e não quero que ela se sinta constrangida, agradeço se você me avisar quando pretender aparecer lá. Prefiro evitar as noites frequentadas por pessoas que ela conhece.– Sem problemas – respondeu Jensen.– Tem outro casal que também frequenta lá. É provável que você os conheça em algum momento, porque eles são amigos meus e de Lili. Chessy e Tate Morgan. Eles são casados e vão lá, hoje bem menos do que iam antes. Combino com Tate para garantir que não vamos nos encontrar nas noites em que vou com Lili.– Você parece familiarizado com muitas pessoas que partilham o mesmo estilo de vida que nós –disse Jensen, secamente.– É menos incomum do que a maioria acha – Cole rebateu. – Só é uma coisa que a maior parte dos casais não anuncia. Eu nunca achei que Lili estivesse aberta a esse tipo de relacionamento. Droga, eu esperei três longos anos para fazera minha jogada e quase chego tarde demais novamente, porque ela apareceu no The House em uma noite em que eu estava lá, depois deum longo tempo sem aparecer. Felizmente eu estava lá, porque senão ela teria ficado nas mãos de algum outro cara que não iria tratá-la tão bem quanto eu.– Felizmente mesmo – murmurou Jensen. – Se eu estivesse lá, ela certamente não iria para casa sem companhia. Vou ver como é esse lugar, pois você me deixou curioso. Cole fez uma expressão de cautela diante da afirmação de Jensen quando viu o brilho nos olhos dele. Jensen estava começando a incomodar, filho da mãe, e Cole tinha de tomar cuidado.– Tem outra coisa que você precisa saber para se preparar para o que vem por aí – disse Cole, rapidamente, no desejo de encerrar essa parte da conversa antes que Lili voltasse da cozinha. Jensen fez um ar de curiosidade.– Você lembra que eu disse que queria contar pessoalmente sobre a nossa sociedade para a Lili e a Kylie? Pois a Lili aceitou tudo muito bem, como eu esperava que fosse aceitar. Mas com a Kylie eu acho que não vai ser bem assim.– Você ainda não contou para ela?

Espero que gostem........
Bjos ate logo

RendiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora