Capítulo 19

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DONATO SAVÓIA

Hoje terá uma reunião importante na casa do meu pai, no qual, o atual chefe da mafia australiana estará presente. Sabemos que ele está junto com a Yakuza e os turcos. Estamos cientes que eles são traiçoeiros, não se pode confiar, mas tendo algo para usar contra eles, já será ótimo.

Eu e Irina saímos da cobertura, deixando o conforto da cobertura para trás. Ela estava ao meu lado, e apesar de seu rosto mostrar confiança, eu sabia que ela estava nervosa. Ela sabia que estou sendo caçado pelo chefe japonês e sabe ainda mais sobre os australianos. Quando chegamos ao carro blindado, eu apertei sua mão, tentando passar toda a segurança que ela precisava naquele momento.

— Está pronta, querida? — perguntei, enquanto abria a porta do carro.

— Estou, Donato, mas... estou preocupada — respondeu Irina, sua voz levemente trêmula.

— Não se preocupe. Estou aqui e não vou deixar nada acontecer com você. Iremos até lá, mas você ficará com minha mãe e Harper. — eu disse, tentando tranquilizá-la.

Entramos no carro e começamos a descer pela longa entrada da propriedade, seguidos por alguns carros de soldados. Eu estava atento a qualquer sinal de perigo, mas esperava que o trajeto fosse tranquilo.

No entanto, quando nos aproximamos dos portões de saída, tudo mudou num instante. Carros blindados surgiram de repente, bloqueando nosso caminho, e o som de tiros começou a ressoar ao nosso redor. Irina agarrou meu braço, o pânico evidente em seus olhos.

— Donato, o que está acontecendo? — perguntou, sua voz carregada de medo.

— Estamos sendo atacados. Mas eu vou tirar você daqui, prometo — respondi, tentando manter a calma.

A troca de tiros era intensa, e eu sabia que precisava manter Irina segura. Abracei-a firmemente, mantendo-a abaixada no banco.

Que cazzo

— Fique abaixada, Irina. Não se levante por nada — ordenei, minha voz firme mas carinhosa.

— Estou com medo, meu amor. Muito medo — ela disse, lágrimas escorrendo pelo rosto.

— Eu sei, meu amor. Mas estou aqui com você. Vamos sair dessa juntos — respondi, segurando sua mão com força.

Os minutos pareciam horas enquanto a troca de tiros continuava. Eu falava com nossos soldados pelo rádio, coordenando a defesa e tentando encontrar uma rota de fuga segura.

— Irina, olhe para mim — disse, virando seu rosto para o meu. — Respire fundo. Concentre-se em mim. Nós vamos sair dessa.

Ela tentou controlar a respiração, mas eu podia ver que ainda estava assustada.

— Donato, e se não conseguirmos? — perguntou, sua voz quase inaudível.

— Nós vamos conseguir. Eu te prometo — respondi, determinado.

Finalmente, após o que pareceu uma eternidade, nossos soldados conseguiram abrir caminho. O motorista acelerou, e conseguimos escapar da zona de guerra.

— Estamos quase lá, meu amor. Aguente firme — disse, vendo o condomínio da nossa família se aproximar.

Quando chegamos, Irina estava visivelmente abalada e começava a passar mal. Saí rapidamente do carro e corri para o lado dela, abrindo a porta.

— Irina, venha. Vamos entrar — disse, ajudando-a a sair do carro.

Ela estava fraca, mas conseguiu se apoiar em mim enquanto caminhávamos até a entrada da mansão do meu pai. Assim que cruzamos a porta, eu a levei até o sofá mais próximo e a deitei cuidadosamente.

O Insolente - Nova Era 4 - ContoOnde histórias criam vida. Descubra agora