Capítulo 11.1: Histórias

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Era o segundo dia em casa e eu estava caindo de sono porque não conseguia dormir à noite

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Era o segundo dia em casa e eu estava caindo de sono porque não conseguia dormir à noite. Angel não sabia disso, eu disfarçava o máximo possível, mas ela era esperta demais para saber que algo não estava certo e xereta demais para ficar no escuro, ela sempre tentava tirar algo de mim.

Isaac e Louis vieram jantar conosco na noite passada. Ambos estavam sendo muito legais comigo e eu percebia que não era nada forçado, eles eram realmente legais, eu é que nunca havia percebido isso. Foi uma noite agradável para todos... Bom, talvez não para Isaac porque Angel não parava de encher o saco do moleque. Era bem engraçado.

Angel tinha acabado de chegar da rua e eu estava no sofá, ou como passei a chamar, minha nova cama – ainda bem que era um sofá-cama, eu o mantinha sempre aberto. – Pedi para Angel comprar um celular para mim e ela chegou toda feliz com um Iphone 13. Louca, ficava feliz com qualquer coisinha boba, mas eu gostava de presenciar seu bom humor inacabável.

Meu novo celular terminou de baixar os arquivos da nuvem e logo uma enxurrada de mensagens e ligações perdidas começou a surgir. Aguardei pacientemente e quando tudo carregou, passei a ver superficialmente.

Grande parte das mensagens era da Zoe e decidi ignorar por hora. Tinha literalmente mais de trezentas mensagens só do meu amigo Kevin e sorri com a sua preocupação, havia mensagens enviadas durante o ano passado inteiro e até há poucas semanas dizendo que ele estava aguardando a minha volta e que as fogueiras nunca mais foram as mesmas sem mim.

Porra, cara. Decidi ligar por vídeo para ele na mesma hora. Não demorou muito para Kevin atender e sua cara de espanto estava hilária.

Não. É. Possível.

– Parece que é possível sim. – Ri.

Ele passou um tempo considerável com aquela cara de tonto. Sua pele negra reluzia na luz do sol, sua barba continuava rala e seu cabelo estava exatamente como eu me lembrava: bem curto, quase inexistente. Kevin falou de repente:

Porra, mano. PORRA! – E começou a pular e a gritar. O celular chacoalhando estava me causando tontura, mas comecei a rir abertamente de sua felicidade. – Como você tá, caralho?

– Ah cara, indo. – Falei ao diminuir o riso. – Aprendendo a me mover de novo.

Porra mano, isso é muito foda, caralho! Eu senti muito a sua falta, filho da puta! – Ele ainda estava eufórico.

– Bom, eu não senti a sua, dormi bastante. – Ri novamente e ele me xingou enquanto voltava a gritar e a pular.

– Que gritaria é essa? – Angel surgiu na escada.

Ela estava com seus longos, lisos e lindos cabelos úmidos, uma calça branca de moletom, uma blusinha branca de alcinhas, – amém, aquecedor elétrico – pantufas rosa-escuras cheias de pelinho horrorosas e o semblante preocupado. 

O anjo que me amouOnde histórias criam vida. Descubra agora