Angel é uma médica solitária que possui apenas o trabalho como objetivo de vida. Ela não tem muitos amigos, apenas um namorado chamado Henry, um inglês muito charmoso que ela não sabe se gosta ou se odeia. Entretanto, Angel se vê completamente sozin...
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- Eu que te pergunto, o que faz aqui?! - Exclamei sentindo meus nervos à flor da pele.
- Tá louca? Meu irmão tá aqui! - Ele debochou.
- Como se você se importasse! - A vontade de gritar estava grande, mas me controlei ao máximo.
- Gente, calma! - Isaac interveio. - Logan acordou, Henry.
- O quê? Sério? - Ele ficou chocado, mas logo se dirigiu a mim novamente: - O que faz aqui, Angel?
- É sério que você recebe a notícia de que seu irmão acordou, mas tá mais preocupado com o que eu tô fazendo aqui? - Ri em incredulidade.
- Bom, sim. Quero saber como a minha namorada atravessa o continente e não me avisa. - Sua voz escorria sarcasmo.
- Primeiro: eu não atravessei o continente, eu viajei entre continentes; segundo: eu não sou a sua namorada; - Ele arregalou os olhos nesse momento, a expressão de deboche desaparecendo, mas continuei falando - e terceiro: mesmo que ainda fosse, não tenho que te avisar nada! Eu faço o que quiser da minha vida!
Me contive no tom de voz, mas deixei transpassar toda a raiva que sentia na minha fala. Henry me encarava com pavor, porém não demorou muito para ficar com cara de coitado:
- Angel, calma amor...
- Corta essa! Onde você estava ontem?
- O quê? Como assim? - Ele fez uma expressão de confusão.
- O médico não te vê há uma semana, Henry. Seja sincero ao menos uma vez na sua vida!
- Gente, estamos em um hospital. - Isaac interveio novamente.
- Henry? - Louis tinha chegado novamente e eu não podia mais ficar ali.
Dei as costas aos três e caminhei na primeira direção que encontrei. Meu corpo reclamava de cansaço, minha mente só queria saber do Logan e eu não estava sabendo lidar com todo esse peso emocional e físico. Não queria me afastar demais do quarto de Logan porque queria notícias, então tentei me afastar apenas o suficiente para ficar longe da família dele. Me encostei em uma parede qualquer e escorreguei até me sentar no chão.
A expressão de Logan ao me olhar, o pedido que ele me fez, tudo me afetou de um jeito que eu jamais poderia me imaginar. Não sabia porque estava daquele jeito, poderia ser efeito do jet lag? Tinha minhas dúvidas quanto a isso, mas não havia outra explicação lógica.
Fiquei por muito tempo sentada ali. Alguns enfermeiros passaram e me ofereceram ajuda, perguntaram se estava tudo bem e fui extremamente educada com eles apesar de querer ficar sozinha e em paz. Em um determinado momento percebi Henry parado na minha frente pela visão periférica. Até que ele demorou para vir, provavelmente ficou inventando uma desculpa esfarrapada para se justificar por ontem, patético.
