O restante da semana foi ótimo. Mesmo com sua certa resistência interna por ter que andar de carro, Logan chamou um taxi e me levou para passear pela cidade nas manhãs de quarta, quinta e sexta-feira. Andamos mais duas vezes na roda-gigante gigantesca, ele me apresentou várias cafeterias e almoçamos em restaurantes diferentes. Foi perfeito, Logan era incrível demais.
Mal percebi o tempo passar e quando me dei conta, já era sábado e estávamos a caminho da casa de campo no mesmo esquema: Isaac dirigindo o carro, Camille na frente e Logan e eu atrás.
Eu apreciava a paisagem pela janela ao meu lado esquerdo durante a viagem. Alguns floquinhos de neve já caíam e refletidos na luz do sol sobre as árvores, era lindo demais. Era de uma pureza infinita.
Me senti um tanto melancólica ao constatar que nunca tinha tempo para apreciar esses pequenos detalhes no México. Era sempre do trabalho para a casa, de casa para o trabalho, às vezes na casa do Henry ou em alguma balada ou restaurante com ele. Que vida medíocre a minha.
Estacionamos o carro e eu já saí admirando o local. Porra, que casa linda. Havia bons metros de distância entre as casas do campo e considerando as árvores e a neve, era impossível estar em uma e enxergar as outras. A do Logan tinha a fachada toda marrom, era bem menor que a casa dele na cidade, mas igualmente elegante.
- Ang, - Camille parou ao meu lado - minha mãe pediu para agradecer novamente pela cesta de bombons. Ela ama chocolate.
- Imagina, Cami. Era o mínimo depois daquele surto que tive. - Falei um tanto envergonhada. Ouvi Logan e Isaac conversando ao fundo, mas não consegui identificar as palavras, então voltei minha atenção à Camille: - Fico feliz que ela tenha aceitado as minhas desculpas.
- Mas é claro, Ang. E não se preocupe, não tem porque se desculpar. Minha mãe entende e concorda com você, ela só tem medo.
- Acho que todos os pais passam por isso. Mas eles têm que aprender a lidar, não é mesmo.
- É sim... - Camille olhou em direção a casa. - Mas quero só ver se você vai pregar a liberdade desse jeito quando for a sua vez. - Ela riu e começou a se afastar em direção a Isaac que pegava as mochilas no carro. Ele estava bem vermelho, Logan provavelmente lhe disse alguma besteira, mas não consegui focar nisso no momento.
- Claro... - Sussurrei mesmo sabendo que ela não poderia ouvir.
- Você tá bem? - Logan perguntou ao parar ao meu lado com sua muleta.
- Claro. - Sorri.
Ele levantou uma sobrancelha só. Que ódio, por que ele tinha que me conhecer tão bem daquele jeito?
- Vamos, quero ver essa casa por dentro. - Pedi já puxando-o pela mão.
A porta de entrada dava direto na cozinha planejada que era toda maravilhosa e em tons rústicos assim como a fachada da casa. Seguindo em frente em um pequeno corredor encontrei a escada para o andar de cima do lado esquerdo e a sala de estar do lado direito.
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O anjo que me amou
RomanceAngel é uma médica solitária que possui apenas o trabalho como objetivo de vida. Ela não tem muitos amigos, apenas um namorado chamado Henry, um inglês muito charmoso que ela não sabe se gosta ou se odeia. Entretanto, Angel se vê completamente sozin...