Capítulo 16: Genética podre

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Após as despedidas, Angel subiu para o quarto para tomar um banho e colocar um pijama e fiquei aguardando-a pacientemente

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Após as despedidas, Angel subiu para o quarto para tomar um banho e colocar um pijama e fiquei aguardando-a pacientemente. Harry Potter e as Relíquias da Morte Parte 1 já estava pausado na tevê apenas esperando ela chegar. Por mais que eu quisesse acreditar que ela estava melhor, os minutos se arrastaram e ela não aparecia.

Quando fez meia hora que Angel tinha subido, não aguentei e caminhei até a escada. Ela sempre levava de 10 a 15 minutos para retornar e sua demora estava me angustiando demais. Peguei minha muleta e, bem devagar, comecei a subir. Não foi tão difícil quanto pensei que seria, mas devo admitir que foi necessário um grande esforço da minha parte para permanecer em pé naqueles degraus.

Quando finalmente cheguei no topo da escada, caminhei até o quarto de Henry e bati na porta, mas não obtive resposta. A abri com cuidado e percebi que Angel não estava no quarto, mas logo ouvi o barulho do chuveiro ligado saindo com um vapor branco pela porta aberta do banheiro.

Bati na porta do banheiro - por educação já que já estava aberta - e novamente não obtive resposta, então coloquei a cabeça para dentro e vi o box fechado com o vapor espesso saindo por cima. Apesar de toda a fumaça e do tom escuro do vidro, pude ver a sombra de Angel sentada no chão embaixo do chuveiro. Não queria ser invasivo, mas foi mais forte que eu, então fui até lá e abri o box devagar.

Angel estava abraçada às próprias pernas. Ela levantou o olhar em minha direção e apesar da água caindo sobre sua cabeça, não foi difícil deduzir que ela estava chorando. Deixei minha muleta cair no chão e entrei no box sem me importar que estava usando moletom e tênis. Ofereci minhas duas mãos a Angel e ela não demorou a pegá-las.

Ela se levantou devagar e evitei olhar para o seu corpo, me fixei em seu rosto abatido que me fazia sofrer. Assim que ela ficou em pé, a puxei para um abraço e ela enrolou os braços na minha cintura com força.

Beijei várias e várias vezes seus cabelos molhados e não falei nada, queria apenas que ela soubesse que eu estava ali se ela quisesse conversar. Senti calor em demasia, o chuveiro estava fervendo e minha roupa era quente demais, mas nada disso me incomodou, apenas a mulher chorando em meus braços era importante naquele momento.

- Obrigada... Por não... Dizer... - Ela falou entre soluços. Logo entendi do que se tratava, era de quando ela disse em espanhol na frente de todo mundo que não podia engravidar.

- Não precisa agradecer. Eu jamais faria isso. - Beijei sua cabeça novamente. - Mas se quiser falar sobre, eu estou aqui pra você. Eu sempre vou estar.

Angel levantou o olhar até o meu e meu coração se partiu ainda mais ao constatar o quanto ela sofria.

- A minha ge... Genética podre... Não permite que... Eu engravide. - Ela falou ainda soluçando.

- Vamos sair daqui e você pode me contar isso direito se quiser, tudo bem? - Perguntei com delicadeza e ela acenou positivamente.

- Você... Você pode fe... Fechar... Os olhos e... E sair...?

O anjo que me amouOnde histórias criam vida. Descubra agora