Aisha Rosevelt finalmente tomou coragem para falar com Eddie Munson, o garoto que ela gosta desde o fundamental, afinal o último ano do ensino médio era uma época de arriscar, certo?
Mas ela não contava que teria que se esforçar tanto para consegu...
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"Quem vai aliviar toda sua dor
Querido, suas mágoas, também?
E se você precisar de mim, você sabe
Que eu sempre estarei por perto se você me quiser, sempre!"
(Cry Baby- Janis Joplin)
Cheguei em casa com um sorriso de orelha a orelha.
— Foi incrível! — digo aos meus pais, mamãe fazia alguma coisa de crochê e papai assistia tv. — Ele me explicou tantas coisas legais que eu não fazia ideia! Eu amei!
— Que bom! Fico feliz que tenha finalmente conseguido tirar a poeira do violão. — mamãe comemorou.
— Isso é ótimo, querida, o jantar está quase pronto, vá tomar um banho. — papai disse, saltitei as escadas para meu quarto e fui tomar um banho. Coloquei a fita para tocar, Cry baby da rainha Janis Joplin para tocar, enquanto tomava banho e cantei com todo fervor.
Eu estava tão feliz! Realizada! Fora a alegria de ter passado a tarde com o garoto que eu gosto.
Apesar de que basicamente eu não toquei nada hoje, fiquei apenas aprendendo as posições dos dedos e nome das notas, foi muito divertido e não vejo a hora de ter aula novamente.
Acredito que estava com um sorriso gigantes no meu rosto a hora que desci para ir jantar, já que meus pais ficaram me encarando estranho. Devo estar sorrindo até para as paredes.
Depois do intervalo o professor de história passou um trabalho, anotei em minha agenda os afazeres. Como teria que fazer o trabalho de Eddie também, eu estaria bem ocupada durante o final de semana.
Na aula de artes eu estava super distraída, o professor mandou desenhar algo que almejamos muito, confesso que nessa aula eu estava distraída, mesmo que fosse minha aula preferida. Abri fazendo um esboço de cabelos compridos e bagunçados, rosto quadrado, na camiseta um demônio, e...
— Jesus! — fechei o caderno de desenho, percebendo que estava desenhando não algo, mas alguém.
Eddie Munson.
Nervosa, olhei o relógio, e faltava apenas um minuto para a aula acabar, ainda bem que não deu tempo de entregar, porque eu não teria nada.
Não era a primeira vez que o desenhava, mas não acontecia a um bom tempo. Quem sabe depois eu não o terminaria. Meu maior medo é um dia perder meu caderno de desenhos pela escola, meus maiores segredos artísticos estão nele.
Coloco meu caderno em minha mochila e sai, indo até a quadra, teria aula de educação física, meu momento de pagar vergonha. A única coisa "boa" que eu fazia de esportes era vôlei, mas o professor fazia questão de quase nunca passar. Vou para o vestiário me trocar, colocando o uniforme.