Aisha Rosevelt finalmente tomou coragem para falar com Eddie Munson, o garoto que ela gosta desde o fundamental, afinal o último ano do ensino médio era uma época de arriscar, certo?
Mas ela não contava que teria que se esforçar tanto para consegu...
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"Vocês, mulheres que querem um homem comum
Vocês não sabem por qual caminho querem seguir
Apenas vão chegando e deem as mãos para mim
Pois eu sou o cara que vai fazê-las queimar"
(Shoot To Thrill- AC/DC)
Puta merda!
Minha mente só conseguia pensar nessas duas palavras: puta merda.
Ainda estava tentando digerir o que rolou. Claramente ele flertou comigo, certo? Ou será que eu sou tapada de ter imaginado algo desse tipo?
Não sei, só sei que desde que cheguei da casa dele, estou deitada em minha cama com o maior sorriso no rosto, me sentindo a pessoa mais feliz do mundo.
No dia seguinte, não foi diferente, é claro que eu fui para a escola toda animadinha, ansiosa para ver Eddie, mesmo que de longe.
— Olha só a rata de biblioteca deu um tapa no visual. — duas líderes de torcida passaram, dando um peteleco em meu cabelo solto.
Nem tudo é perfeito não é mesmo?
Fechei o armário, e segui para minha sala, no corredor passei por Eddie, e me derreti toda quando ele piscou para mim, me cumprimentando.
Ahhhh meu Deus, esse homem...
Deus, porque eu tenho que existir na mesma época que esse homem? As chances de rolar algo entre nós são mínimas.
A aula de álgebra estava um saco, a professora falava e falava e eu não entendia nada. Pelo visto vou ter que estudar muito essa matéria, se eu quiser passar dela com uma nota boa.
Assim que a professora para de explicar e se vira em direção do quatro para anotar algo, vários alunos atacam bolinhas de papel em mim. Porra, estava demorando.
Deveria ter suspeita que nesses últimos dias eles estavam quietos demais. Os bobões estavam se acabando de rir, sinto a vontade de chorar aparecer, mas não quero dar esse gostinho para eles.
Respire fundo cinco vezes Aisha, respire fundo cinco vezes.
Repito isso em minha cabeça como um mantra, e logo me acalmo. Rezo para essa aula acabar logo e não ter mais que aguentar eles me chamando de "ratinha da biblioteca".
A aula acabou, e como se a raiva que eu tinha passado na sala não tinha sido o suficiente, eu quis explodir quando vi que o pneu de minha bicicleta estava furado.
— Caramba....— reclamei, me abaixei para ver, estava tão vazio que nem dava pra chegar em casa.
— Ei. — me virei, coloquei a mão na testa, fazendo sombra no sol, e só quando meus olhos se acostumaram vi que era Eddie. — Quer uma carona?
