42_Deusa da Morte

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Segurei a mão dele e fui o puxando floresta adentro.

Eu mal consigo controlar minha felicidade de ter ele comigo, espero que eu não esteja tirando o ar dele com minha euforia, mas é uma coisa da qual não consigo controlar.

Nos sentamos em baixo de uma árvore, e eu aproveito para deitar em seu colo, vejo seu rosto de cabeça para baixo, e eu amo a visão.

- Sabe Ethan, acho que eu nunca tive dias tão felizes. - eu disse.

Ele sorri e faz carinho no meu cabelo, ás vezes alternando as carícias para a minha bochecha, e continua com um sorriso involuntário de felicidade no rosto.

- Você é tão lindo. - eu digo, encarando seu rosto.

- Não. - ele disse, virando o rosto e evitando me olhar.

Me levanto e pego em seu queixo, e viro seu rosto para mim, para que ele pudesse olhar no fundo dos meus olhos.

- Você é lindo, tão lindo que me deixa hipnotizada. - eu digo, olhando em seus olhos.

- Então por que não me beija? - ele disse, e um sorriso apareceu em seu rosto, revelando a covinha em sua bochecha direita, e deixando seus olhos pequenos.

O sorriso, por que ainda me deixa sem ar? Eu já deveria ter me acostumado, mas eu ainda continuo apaixonada no sorriso, continuo apaixonada por tudo nele, e parece que cada gesto dele me deixa mais boba a cada dia.

- É o que eu mais quero agora. - eu disse, encarando sua boca.

Ele se aproximou de mim, e sussurrou em meu ouvido:

- Então faça. - disse, com uma voz rouca e baixa que me fez esquecer como respirar.

Encarei seus olhos verdes e depois sua boca rosada, e fui me aproximando lentamente, sentindo o calor dele cada vez mais próximo.

Encostei nossos lábios gentilmente, e passei minhas mãos por detrás de seu pescoço, ele abriu a boca, me dando passagem.

Explorei sua boca lentamente, fazendo toques leves com as mãos em seu pescoço.
Fui descendo minha mão pelo seu braço em carícias leves, até chegar em sua mão. Entrelacei nossos dedos com cuidado, e senti o calor da mão dele esquentar a minha.

Então me afastei e o encarei com um sorriso mal disfarçado no rosto.

Ele abriu a boca para falar alguma coisa, mas não saiu nenhuma palavra, então ele tentou falar de novo, e nada, até que ele sorriu e segurou meu rosto com as duas mãos.

- Isso foi... foi como ter ido ao paraíso e voltado. Céus, como eu explico esse poder que você tem sobre mim? - ele disse.

Eu ri e o abracei, e ficamos assim por um tempo, ele me apertando contra seu corpo e eu me deixando ser levada.

-Eu não posso te perder nunca Anne. - ele disse, mais para si mesmo do que para mim.

- Não vai.

Ele me puxou para outro beijo, senti que estávamos deitando, e logo depois a grama fria em atrito com minha pele.

A mão dele desceu lentamente até minha coxa e a apertou, a outra mão em minha cintura, segurando forte. Passei minhas mãos pelo seu corpo e o puxei para mais perto.

O perfume doce das rosas invadia o ambiente, irradiando dele e penetrando nos cantos mais sombrios do lugar.

Sinto a força dele aumentar, e a pressa também, parece que algo despertou.

O puxo mais e consigo sentir o volume.

Paro o beijo pra respirar e o encaro, seus olhos estão famintos de desejo, ele me olha com a mesma ternura e gentileza de sempre, mas não está conseguindo esconder o fogo ali.

A rainha das almasOnde histórias criam vida. Descubra agora