19.O lago

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- Ah finalmente, ainda bem que você está bem Anne, eu estava preocupada. - Alice disse, correndo e me abraçando.

- Tem algo errado. - a Érica disse, encarando a minha mão com a caixinha.

- O que é isso Anne? - a Érica perguntou.

A Ilina apenas abaixou a cabeça.

- É algo pessoal. - respondi.

Todos me encararam de forma estranha, menos a Andy, que apenas olhava a Ilina com certa desconfiança.

A Érica puxou minha mão e arrancou a caixinha dela.

Mas assim que ela o fez, ela deixou a caixinha cair no chão.

- Magia antiga.

Peguei a caixinha e segurei ela contra o peito.

- Como conseguiu? - ela perguntou, interessada.

- Você não tinha o direito. - Eu disse, deixando as lágrimas tomarem conta de novo.

Tudo foi tão horrível...

Como conseguem torturar assim alguém, apenas por sua magia.

Roseiras...

Me imaginei no lugar dele, e senti apenas dor.

Em todo lugar.

- Me desculpa Anne, mas eu preciso saber, de onde é essa magia?

- Esse castelo é antigo, pode ser de qualquer lugar. - Ilina disse.

- Cala Boca Ilina, você ajudou ela a sumir assim.

- De onde é essa droga de magia?! - a Érica perguntou, gritando.

- Não grita comigo, eu já disse, é algo pessoal.

- Pessoal?! Essa magia é usada apenas pela Ordem.

- Foi um presente, e antes que você me irrite Érica, sugiro que pare de gritar, ainda não controlo plenamente meus poderes. - Eu disse, e apenas olhei para ela, e ela deu um passo para trás.

Provavelmente as almas já estavam bravas também.

Saí andando de lá até meu quarto, e fiquei encarando a caixinha por um longo momento.

"O segredo está no lago."

O lago.

Eu preciso ir lá.

Serenas... o que são as Serenas?

Peguei uma capa e vesti, peguei minha adaga e a coloquei no cinto do vestido, escondendo boa parte do meu rosto com o capuz.

Saí escondido, evitando todos os olhares possíveis.

Quando finalmente consegui sair dos muros de Estia, eu já me via na floresta.

A floresta encantada, que já não parece ter nem vestígio de magia nela.

Tinham dez almas me acompanhando.

- Vocês sabem... onde fica o lago? - perguntei.

Uma alma que se revelou como um homem alto de cabelo castanho, pegou minha mão e começou a me guiar.

Andamos por uns trinta minutos, quando finalmente chegamos as margens de um enorme lago.

Qual segredo, Elizabeth?

- Obrigada. - Eu disse para o homem.

"Tome cuidado."

Assenti, e fiquei tentando achar algo no lago.

A rainha das almasOnde histórias criam vida. Descubra agora