7.Capturada

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Decidimos finalmente parar e descansar.

Descobri que a fruta que comi era um tipo de maçã mágica que a Érica criou.
O poder do bruxos às vezes me deixa fascinada, por que eles não usavam esses poderes para o bem?

Percebi que a Érica e o Andrew estão se aproximando mais um do outro, Andrew ainda me olha com um olhar assassino, mas tudo bem, eu também me olharia assim.

Andy não fala muito, e o Mike ficou evitando me olhar.

Ele acendeu uma fogueira, e eu aproveitei para me sentar o mais afastada possível do grupo, não preciso dos olhares deles pesando em mim.

Depois de algum tempo, o Mike se aproximou de mim.

Fingi não notar a presença dele, pois quero que ele desista e se afaste de mim.

- Você está bem calada... - ele murmurou.

Não respondi, fiquei apenas olhando fixamente para uma folha no chão, não quero esse tipo de conversa, não preciso disso, preciso sair daqui correndo e fingir que o mundo que eu vivo não existe.

Meus pensamento se voltam ao homem dos meus sonhos, ele poderia existir, afinal.

- Se foi pelo que eu falei mais cedo - ele começou

- Não importa o que você disse ou não. - interrompi.

- Importa sim...

- Não. Não importa, você deixou claro que sou uma humana e que você não gosta de humanos, e independente do que eu faça, vocês ainda não vão gostar de mim, pelo fato de eu ser humana, e eu não posso mudar o que eu sou.

- Talvez

- Mike, será melhor se nos mantermos afastados, suas palavras só me machucam. - Eu disse, evitando olhar pra ele.

Ele se levantou e se sentou longe de mim, assim está melhor, me sinto mais segura assim.

"Acho que você magoou ele." - Alice disse.

- Nada comparado ao que ele já me fez.

"Bruxos são confusos, mas ele gosta de você."

- Vou dormir Alice, Boa noite. - Eu disse.

Ela não respondeu, e apenas sumiu.

Consegui fechar meus olhos e acho que consegui dormir por algum tempo, até que passos me acordaram, passos tão assustadoramente perto, que pensei que fosse esmagar meu crânio.

Me levantei assustada, todos estavam dormindo, e a pouca luz restante da fogueira ainda aquecia.

- Hey gatinha. - escutei uma voz estranha no meu ouvido, e me assustei.

Mas uma mão envolveu meu pescoço, e outra segurou firme minha cintura, me fazendo levantar e me imobilizando.

Os outros se levantaram em um pulo, todos confusos, mas assim que me viram, se prepararam para lutar.

Senti algo afiado no meu pescoço, e uma leve respiração batendo contra minha pele, uma respiração gelada, sem vida.

- Se mexa e sua cabeça vai rolar minha Querida. - escutei a voz que agora era familiar da Elena.

A rainha das almasOnde histórias criam vida. Descubra agora