Capítulo 6

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Matteo



Continuação…

Seguimos para o porto onde alguns homens da nossa máfia estariam nos aguardando.

Nesse meio tempo liguei para Esdras e ele bufou e xingou em cinco idiomas diferentes. Como se isso fosse adiantar de algo.

" Precisamos descobrir quem é esse rato. E quando eu descobrir irei mata-lo igual cobra. Pisando na cabeça!"

Meu irmão está muito puto com isso. FBI e Interpol na nossa cola tá difícil, já não bastava os nossos inimigos agora temos que lidar com os ratos do governo.

Sinto o carro parar e vejo que já chegamos no porto, antes de descer do carro ponho uma máscara que cobre todo o meu rosto e luvas para que ninguém me reconheça, caso eu passar por alguma câmera.
Seguunos para uma perte mais afastada e remota do porto, onde fincam alguns containers que não tem uso, e é claro onde ficam nossas drogas, até alguns soldados virem buscar.

Vejo Luciano que é um dos braços direto do meu irmão aqui em Milão. Luciano nasceu no Brasil, viveu anos no tráfico lá, até um dia que meu irmão o achou e o trouxe pra cá. Ele é um bom homem, fiel, competente e sanguinário. Do jeito que meu irmão gosta. Luciano não tem do de nada.

_ Fala chefia!

Ele me comprimenta e eu apenas aceno com a cabeça.

_ Estamos enchendo o caminhão agora, precisamos tirar a mercadoria o mais rápido possível daqui. Os "canas" estão de olho na gente. O navio que foi pegar na Bélgica está com eles tenho certeza disso.

Ele fala em português e eu assinto. "Canas", é como os paulistas chamam a polícia no Brasil. E Luciano se refere a eles assim.

Assinto e ele faz um movimento para que eu entre no galpão.

_ Esses homens são de confiança?

Pergunto vendo alguns homens enchendo o caminhão e outros próximos a entrada da lateral armados.

_ Óbvio, chefia! Só trabalho com os melhores. Nenhum homem meu é capaz de me trair. E eu jamais trairia vocês. Me ajudaram muito.

Ele diz me olhando e eu concordo.

_ Chefia não queria dizer nada, não. Mas acho que quem denunciou essa carga é alguém que já sabia de todo o esquema. Até porque nós não estamos acostumados a usar aquele porto e sim o de Milão!

Ele fala e eu começo a ligar os pontos de algumas coisas. Então ele continua.

_ Quem denunciou sabia toda a rota da nossa carga. Desculpe falar isso, mas quem nos entregou está sentado ao lado de vocês, na mesa com vocês. Tomem cuidado, chefia.

Ele diz e na mesma hora me viro pra Vicenzzo que me olha sem entender. As únicas pessoas que sabiam sobre esse carregamento eram, Esdras, Victor, Vicenzzo e eu. Pode até ser que Elena tenha ficado sabendo, mas ela não iria dar um desfalque no meu irmão. E ainda mais com a polícia.

Espero o caminhão terminar de ser carregado. Ouço Luciano dar ordens aos seus homens e saímos do galpão.

_ Chefia, hoje a noite está previsto outro carregamento, mas esses são de armas, mas é coisa pesada, papo de bonda biológica e tudo. Chefia, quem pediu esse carregamento é coisa grande. Pode ser que os "cana" saibam sobre ele.

Arma biológica?!

Esdras não me falou nada sobre isso, esse filho da puta me mete em cada uma. Essa merda é proibida só o governo pode ter acesso a isso.

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