31. - Extra: Will you marry me?

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16 DE FEVEREIRO DE 2025

— Ele me olhou de cima a baixo como se estivéssemos em um prostíbulo, depois me perguntou em que circo eu arranjava minhas roupas, e se fosse o suficiente, em um tom displicente disse estar curioso como alguém como eu estava ali. Ele é um babaca, machista e misógino! E sabe o que eu fiz? Joguei o café quente que ele havia pedido em cima dele! Foi hilário, ele ficou tão puto de ódio... — Estreitei os meus olhos, observando que ele não prestava atenção a uma palavra sequer no que eu dizia, ao invés disso rolava o feed do seu Instagram com desinteresse. O que uma mulher precisa fazer para que um homem preste atenção? Tire a roupa? Eu poderia fazer isso, mas só daria poder a presa. — Mas surpresa, sabe o que ele fez depois? Me chamou para sair.

Seu dedinho para sobre a tela do celular e ele ergue o rosto, franzindo o cenho.

— Ele fez o quê? — Faço-lhe uma careta.

— Agora você presta atenção?! — Arremessei um mini tomate em sua direção, do qual ele pega na mão.

— Estou prestando atenção em tudo que você diz e faz desde que apareceu na minha frente, em minha legítima defesa, meu amor. Agora, diga-me, o que você respondeu?

— É claro que eu disse sim — disse. — Vou ganhar comida de graça.

Rolei os olhos e Justin tornou a estreitar os olhos, mastigando a indireta com sorriso debochado.

— Bom. Agora fazemos um trisal.

— Vai se foder! — Rujo, voltando a mexer a colher na panela. — Só presta atenção quando fere seu ego.

Resmunguei, irritada.

— Isso não é verdade — ele surge atrás de mim, enrolando os braços em minha cintura e sussurrando no pé do meu ouvido. — Me conta sobre o livro que está lendo essa semana?

Ele beija abaixo da minha orelha, e eu ignoro o estremecimento que envolve o meu corpo, suspirando.

Não. Volte a me ignorar e me procure quando quiser trepar.

— Se é assim... — Murmura, subindo as mãos da minha cintura. Seus dedos tocam a pele da minha barriga, até adentrar o cropped e roçar os dedos sobre meus seios. — Estou prontinho para te comer.

Girei minha cabeça lentamente, encarando o seu rosto.

— Não tem medo nenhum da morte, não é? — Justin ergue uma sobrancelha.

— Você por acaso está no seu período fértil?

— Porque a curiosidade?

— Pois quando você está, você fica com uma puta raiva de tudo que eu faço, e só para quando eu te como para valer.

Ele está especialmente malicioso hoje, mas considero que a última vez que nos vimos, foi há quatro semanas.

— Talvez eu esteja grávida e seja os hormônios. Você sabe, não usamos preservativo na primeira vez e eu não estava usando nenhum método contraceptivo — ele estreita os olhos e de fato pondera. Seguro o sorriso. — Brincamos com a sorte aquele dia.

— Mas já faz dois meses, sua menstruação...

— Sabe que de fato não é uma menstruação de verdade, certo?

— Okay — ele disse muito lentamente. — Então você está grávida?

— Talvez. Topa sem hoje? Tomar contraceptivo estando grávida não é viável.

As mãos de Justin abandonaram meu corpo, e eu soltei a risada quando ele se afastou. Sabe o que ele teme de verdade? Uma gravidez indesejada. Ele e eu, imagina.

O Livro da ConquistaOnde histórias criam vida. Descubra agora